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Como usar a tecnologia para gerar impacto social

Programa da Fundação Estudar vai distribuir R$ 2,4 milhões em bolsas de estudo para graduação na área de tecnologia nas universidades do mundo

Programa da Fundação Estudar vai distribuir R$ 2,4 milhões em bolsas de estudo para graduação na área de tecnologia nas universidades do mundo (Banco de imagens/Getty Images)
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Bússola

Publicado em 7 de maio de 2022 às 16h39.

Última atualização em 10 de maio de 2022 às 10h46.

Por Danilo Vicente*

Construir uma rede de talentos focada em tecnologia que vai conduzir à revolução tecnológica no Brasil nos próximos anos. Esse é o plano é da Fundação Estudar, organização que fomenta a formação de lideranças brasileiras há 30 anos. O chamado Tech Fellow Estudar vai distribuir R$ 2,4 milhões em bolsas de estudo para graduação na área de tecnologia nas melhores universidades do mundo.

Plano ambicioso... e necessário. A Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom) estima que, até 2025, o Brasil tenha uma demanda de 800 mil novos talentos na área de desenvolvimento, programação e afins.

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A média é de 160 mil empregos por ano, o que significa um horizonte de crise de mão de obra no setor, já que o ensino superior brasileiro forma por volta de 46 mil profissionais anualmente nesta área.

É inegável que a pandemia impactou o setor, intensificando a necessidade de criar soluções para atender às novas demandas de um dia a dia muito mais digital. É um mercado que só cresce e foi catalisado entre 2020 e 2022.

Mas além da quantidade, o Brasil precisa de qualidade. Cabeças que pensam “fora da curva” são as que podem trazer inovações que coloquem o país no caminho de nações como Israel, Estados Unidos e Austrália. O programa da Fundação Estudar banca de 5% a 95% da necessidade do estudante, mas tem como contrapartida que ele, depois, tenha comprometimento com o Brasil – e com futuros estudantes selecionados pelo programa.

Os jovens interessados podem se inscrever gratuitamente até 3 de junho, no site da instituição. O processo seletivo avalia habilidades técnicas e comportamentais dos candidatos que, para participar, precisam ser brasileiros, estar matriculados ou em processo para graduação (Major, Double Major e Minor) ou em intercâmbio no exterior em cursos como Ciência da Computação, Análise de Sistemas, Engenharia de Software e Jogos Digitais (ou outros relacionados).

Anamaíra Spaggiari, diretora-executiva da Fundação Estudar, diz que o programa busca jovens talentos que sonham em gerar impacto social por meio da tecnologia. “A ideia é construir uma comunidade de talentos que irá conduzir a revolução tecnológica no Brasil nos próximos anos'', destaca.

O programa mostra como é possível usar a tecnologia muito além de gerar recursos para grandes empresas, mas, com ela, mudar vidas – não só a de quem ganha a bolsa, mas de todos que podem usufruir dos resultados positivos que esses profissionais irão gerar em contrapartida para o país.

*Danilo Vicente é sócio-diretor da Loures Comunicação

Este é um conteúdo da Bússola, parceria entre a FSB Comunicação e a Exame. O texto não reflete necessariamente a opinião da Exame.

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