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Como maximizar a prevenção de acidentes de trabalho?

Especialista da LDC detalha ações que a empresa tomou e que outras organizações podem tomar para garantir a segurança além do trivial

LDC atua em mais de 100 países e é referência em segurança no trabalho (LDC/Divulgação)

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Publicado em 21 de setembro de 2023 às 16h15.

Última atualização em 21 de setembro de 2023 às 16h21.

Para a Louis Dreyfus Company (LDC), líder global na comercialização e processamento de produtos agrícolas, investir em segurança no trabalho vai além da obrigação que normalmente se espera de qualquer empresa. E essa tarefa está longe de ser simples, considerando se tratar de uma companhia com mais de 170 anos de história, que atua em mais de 100 países e, somente no Brasil, emprega cerca de 11 mil pessoas. 

Vitor Correa, head global de Segurança, Saúde e Meio Ambiente da companhia, detalha abaixo alguns pontos quanto à atenção dedicada pela LDC para a questão:

Como têm sido os investimentos em segurança da LDC, especialmente no Brasil?

Em 2022, a LDC aumentou em 24% seus investimentos em iniciativas de seu sistema de gestão de Segurança, Saúde e Meio Ambiente (SHE, na sigla em inglês), aportando um valor recorde de US$ 40,9 milhões globalmente. Deste total, ao Brasil, que representa cerca de um terço dos ativos da companhia no mundo, foram destinados US$ 17 milhões. Já em 2023, os investimentos por aqui devem totalizar US$ 45 milhões, um novo recorde que reforça nosso compromisso de atingir a meta de Zero Acidentes. Nossa prioridade é garantir a segurança, o bem-estar e o desenvolvimento contínuo de nossas pessoas – nosso ativo mais importante e a chave para nosso sucesso e crescimento. 

E esses investimentos têm se refletido nos índices da companhia?

Sim. Os índices da LDC apresentaram reduções significativas ano após ano, graças aos investimentos e à dedicação de nossas equipes. Em 2022, se comparado com 2021, houve uma diminuição expressiva de 27% no índice de Frequência (acidentes e lesões que exigem atenção médica, em relação às horas trabalhadas) e de 36% no índice de Gravidade (lesões graves que resultaram em afastamento do trabalho, em relação às horas trabalhadas). A boa performance continua em 2023, com uma diminuição de 27% no índice de Severidade (número de dias em que os colaboradores ficaram afastados do trabalho por acidentes em relação ao número de horas trabalhadas) se comparado com o melhor resultado dos últimos quatro anos.

Nossos indicadores de acidentes, que são medidos de acordo com os parâmetros da Occupational Safety and Health Administration (OSHA) - órgão do Departamento do Trabalho dos EUA -, estão entre os mais baixos do setor no país e são referenciados por órgãos brasileiros como exemplo para outras companhias.

O armazém de café da companhia em Matipó (MG), um dos mais automatizados do mundo, é um dos muitos exemplos resultantes de nossas iniciativas. Desde o primeiro dia de seu funcionamento, há cinco anos, ele não possui nenhum acidente com afastamento, totalizando mais de 1.900 dias consecutivos sem incidentes. 

Como a companhia conseguiu chegar a esse patamar, que tem mobilizado investimentos vultuosos? 

Esse é um trabalho que vimos construindo ao longo do tempo. Em 2015, por meio do Programa de Segurança de Processos, estruturamos dois pilares de atuação: o da Engenharia, para estabelecer barreiras preventivas de ocorrências de acidentes; e o sistema de gestão SHE, que determina procedimentos a serem seguidos. Hoje, a companhia fortalece ainda mais seu modelo para mitigar riscos potenciais, atualizando políticas e procedimentos e garantindo que todos os funcionários compreendam os perigos e riscos associados às atividades específicas que realizam. 

Atuar na prevenção de acidentes é um processo contínuo. Trabalhamos progressivamente para criar um ambiente mais seguro, onde quer que operemos, inclusive pela evolução do nosso sistema de gestão SHE, promovendo uma evolução cultural entre nossos colaboradores. Eles recebem treinamentos para entenderem que a segurança não é só uma preocupação e responsabilidade da companhia, mas deles próprios e de seus pares. 

E como a tecnologia tem sido empregada nesses processos?

A tecnologia que empregamos vai desde o desenvolvimento de técnicas e soluções para atividades agrícolas e operações logísticas e industriais até a evolução de nossas ferramentas de monitoramento. Como o SHE Digital, um software proprietário que apoia as equipes com a definição de processos de correção ou prevenção de acidentes com maior agilidade. A companhia também conta com um Centro de Monitoramento na Argentina, que fornece vídeos do acompanhamento dos ativos brasileiros e emite alertas ao detectar atividades de risco em andamento em uma planta.

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