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Como implementar uma cultura de inovação? Veja 3 estratégias

Em artigo, especialista Rafael Miranda apresenta três formas eficazes de cultivar a cultura inovadora na sua empresa

"Compartilho três estratégias essenciais para fomentar a inovação de forma administrável em termos de risco e custo" (Drazen_/Getty Images)

"Compartilho três estratégias essenciais para fomentar a inovação de forma administrável em termos de risco e custo" (Drazen_/Getty Images)

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Publicado em 1 de agosto de 2024 às 07h00.

Por Rafael Miranda*, Diretor de Inovação e Co-fundador da Impulso.

Inovar é essencial para a competitividade e expansão de qualquer organização. No entanto, para as marcas que não dispõem de orçamentos milionários, fomentar uma cultura inovadora pode parecer extremamente desafiador. Mas, ao contrário do que muitos pensam, cultivar a inovação de maneira eficiente e sustentável, mesmo com orçamentos restritos, é, sim, factível. Não precisa ser um privilégio exclusivo das grandes corporações, mas uma realidade acessível a todos.

Compartilho três estratégias essenciais para fomentar a inovação de forma administrável em termos de risco e custo. Essas práticas não apenas mantêm os riscos sob controle, mas também incentivam uma mentalidade criativa contínua, transformando ideias em resultados concretos e duradouros.

1. Permita o fracasso

Permitir que os times corram riscos e falhem ocasionalmente é fundamental para a inovação. Embora possa parecer contra-intuitivo, o fracasso é uma parte crucial do processo. Ele não apenas gera aprendizados valiosos, mas também fortalece a resiliência dos colaboradores. 

Gosto de falar que ele cria uma “casca” nas pessoas e permite que elas consigam lidar melhor com as próximas falhas. A chave é criar uma estrutura onde o aprendizado com os erros seja possível, criando um ambiente seguro onde os colaboradores se sintam à vontade para experimentar sem medo de penalidades severas e desnecessárias. Mas como a gente equilibra os custos e os riscos disso?

Há algumas dicas. A primeira é fazer testes em pequena escala. Realize experimentos bem micro mesmo, como testes piloto ou reuniões de brainstorming, que não envolvam grandes custos. 

A segunda é definir limites bem claros de risco e custo. Para isso, crie um orçamento antecipado de quanto você poderá investir no erro. Assim, se falhar, só perderá aquele dinheiro que já estava definido. 

Por último, construa uma cultura de aprendizado rápido. Implemente processos que promovem uma análise rápida dos fracassos, aprendendo com os erros e evitando repetições.

2. Descentralize o processo de inovação

Na maioria das empresas, as decisões sobre inovação vêm do modelo top down, quando as definições são dirigidas de cima para baixo, o que pode limitar o potencial criativo. Uma abordagem mais eficaz é envolver todos os níveis da organização no processo inovador. Quando a gente incentiva que todas as pessoas possam dar ideias e contribuições em todos os níveis da organização, conseguimos fazer com que a inovação floresça.

Isso é possível a partir de iniciativas como programas internos de sugestão, incentivando todos os colaboradores a contribuir com ideias, organizando hackathons e outras competições que estimulem a criatividade e a colaboração entre diferentes departamentos, ou até reservando tempo e espaço para as pessoas trabalharem até em projetos pessoais para inovação. 

3. Invista em pequenas melhorias, que sejam contínuas

Muitas vezes, a inovação é limitada somente à criação de grandes revoluções ou produtos super disruptivos, que não existiam na empresa. Mas pequenas melhorias contínuas fazem muito mais sentido, podendo gerar resultados significativos. A dica é incentivar a equipe a identificar e melhorar os produtos e serviços que já estão na casa. Estabeleça cadências periódicas para discutir e trabalhar em melhorias contínuas, dedicando tempo e recursos para implementar backlog de melhorias, garantindo que essas pequenas inovações sejam realizadas.

Integrar essas práticas nos ciclos de OKRs, por exemplo, permite que as ideias surjam naturalmente como iniciativas para melhorar indicadores e objetivos. Esse processo contínuo de pequenas melhorias leva a benefícios cumulativos ao longo do tempo, gerando um impacto significativo no desempenho da empresa.

Implementar uma cultura de inovação não requer processos perfeitos ou recursos ilimitados. Em vez disso, é mais eficaz criar um ambiente onde a inovação possa florescer de forma natural e contínua. Ao permitir o fracasso, descentralizar o processo inovador e focar em melhorias contínuas, as empresas podem cultivar uma cultura de inovação sustentável que leva a melhores resultados. O investimento na cultura de inovação é o motor que impulsiona o crescimento e a competitividade, e qualquer empresa pode seguir esse caminho para alcançar o sucesso.

*Rafael Miranda é cofundador e diretor de inovação da Impulso, People Tech especializada em todo o fluxo de pessoas. Com mais de 20 anos de experiência em diversos setores, incluindo iniciativa privada, serviço público, academia e empreendedorismo, o executivo sempre esteve imerso no universo da tecnologia. Sua jornada diversificada o transformou em um gestor versátil, cuja visão abrangente é tanto humana quanto voltada para resultados tangíveis.

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