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Como a inteligência de crédito das fintechs pode favorecer quem tem histórico limitado

Analisando histórico financeiro, comportamento de pagamento, atividade nas redes sociais e outros dados, o sistema desburocratiza o processo de concessão de crédito e impulsiona a inclusão financeira

A inteligência de crédito consegue se adaptar ao perfil de cada parceiro (Getty Images/Getty Images)

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Publicado em 6 de setembro de 2023 às 12h00.

Por Reinaldo Boesso*

As fintechs estão revolucionando o acesso ao crédito por meio da digitalização dos processos de solicitação. Tais inovações estão impulsionando a inclusão financeira, porque permitem que uma parcela maior da população, incluindo aqueles com histórico limitado, tenha acesso a serviços essenciais. Parte vital dessas operações consiste no sistema de inteligência de crédito.

Diferente dos bancos tradicionais, que exigem uma série de documentos físicos e passam por longos processos de análise, resultando em respostas padronizadas e boa parte negativa, a inteligência de crédito se adapta ao perfil específico de cada parceiro, entendendo suas necessidades e ajustando-se à realidade deles.  O diferencial desse sistema é não se basear em padrões genéricos, é algo além, permitindo que cada análise seja personalizada conforme o segmento de mercado e, especialmente, de acordo com a tolerância ao risco que cada empresa está disposta a assumir.

Na prática, como funciona a inteligência de crédito?

Por meio de plataformas on-line e aplicativos móveis, os usuários podem enviar informações e documentos digitalizados, reduzindo a burocracia e acelerando o processo de aprovação. As startups que atuam nesse nicho utilizam análise de dados avançada e algoritmos para avaliar o perfil de crédito dos solicitantes. Por meio do processamento de uma ampla variedade de dados, como histórico financeiro, comportamento de pagamento, atividade nas redes sociais e até mesmo dados alternativos, as fintechs podem tomar decisões de crédito mais rápidas e precisas.

Uma das principais barreiras é a falta de histórico de crédito tradicional. No entanto, as empresas estão superando essa limitação, aproveitando dados alternativos para avaliar a capacidade de pagamento dos indivíduos, que podem incluir informações sobre pagamentos de contas de serviços públicos, histórico de aluguel, transações financeiras e até mesmo atividades on-line. Ao considerar esses itens, é possível oferecer crédito para pessoas que, de outra forma, seriam excluídas pelo sistema tradicional.

As fintechs também estão facilitando o acesso ao crédito por meio de modelos de microcrédito e empréstimos peer-to-peer, que envolve a concessão de pequenos empréstimos para empreendedores de baixa renda ou pessoas sem histórico. Com essa solução, é possível automatizar e simplificar o processo de microcrédito, permitindo que empreendedores acessem capital de giro para impulsionar seus negócios. Além disso, esta modalidade de financiamento conecta diretamente aqueles que precisam de empréstimos aos investidores, eliminando a necessidade de intermediários tradicionais e reduzindo os custos associados.

Uma solução viável também para quem quer estudar

O acesso ao crédito pode oferecer mais oportunidades, principalmente, para aqueles que desejam estudar. Muitas vezes, os custos relacionados à educação, como mensalidades, livros, materiais e despesas com moradia podem ser um obstáculo para quem deseja buscar uma formação, seja online ou presencial. No entanto, com o acesso a empréstimos educacionais, os indivíduos têm a possibilidade de financiar seus estudos e investir em seu futuro.

Os empréstimos educacionais podem ser usados para cobrir as despesas com mensalidades universitárias, permitindo que os estudantes tenham acesso a cursos superiores, pós-graduação ou programas de especialização, independentemente de sua capacidade financeira imediata.

Muitos programas de empréstimos educacionais oferecem opções flexíveis de pagamento, como carência ou períodos de carência, taxas de juros favoráveis e planos de parcelamento adequados às necessidades dos estudantes. Isso proporciona um maior conforto financeiro e permite que os indivíduos gerenciem melhor suas finanças durante e após seus estudos.

O acesso ao crédito também pode abrir portas para estudantes que desejam buscar oportunidades de estudo no exterior. Os custos associados a estudar em outro país podem ser significativos, mas com um empréstimo educacional, os estudantes podem financiar parte ou a totalidade de suas despesas de estudo no exterior, expandindo seus horizontes acadêmicos e profissionais.

É importante ressaltar que, ao optar por um empréstimo educacional, é fundamental que os estudantes avaliem cuidadosamente as condições, os termos e as taxas associadas ao empréstimo. É essencial ter um plano de pagamento adequado, considerando o retorno sobre o investimento em termos de oportunidades de carreira e desenvolvimento pessoal que a educação pode proporcionar.

*Reinaldo Boesso é  CEO da TMB Educação, uma fintech especializada em crédito educacional, que tem como grande missão democratizar o conhecimento para transformar a economia através da educação.

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