Carreira: competências e habilidades profissionais para a empregabilidade
Habilidades customizadas são cada vez mais necessárias para um mercado de trabalho cada vez mais mutável e complexo
Bússola
Publicado em 17 de maio de 2022 às 19h45.
Por Jânyo Diniz*
Muitas vezes, pode parecer complicado conseguir o tão sonhado emprego, ainda mais quando se considera o tempo médio de recolocação profissional no Brasil: de 6 a 12 meses, dependendo da área de atuação e do nível hierárquico. Entretanto, as oportunidades existem e estão aí para os profissionais que souberem desenvolver métodos e aprimorar suas habilidades para alcançá-las.
A decisão de fazer uma transição de carreira nunca é fácil e envolve balancear diversas prioridades, interesses e riscos. Para poder ajudar os adultos a terem uma transição bem-sucedida para o próximo emprego ou carreira, é preciso levar em consideração objetivos específicos para cada fase da vida pessoal e profissional. É necessário, também, que o aprendizado seja orientado às necessidades do profissional e do mercado no qual ele pretende atuar, que possa ser concluído em um curto espaço de tempo, durante um período longe do emprego, ou que possa ser concluído durante a transição planejada de carreira, além de ter um custo compatível com a situação econômica em cada momento da vida.
O ideal é usar o tempo disponível de forma positiva, procurando se tornar um destaque entre os concorrentes. Mas como fazer isso? Algumas formas de tornar sua recolocação um sucesso são se inscrever em cursos da área que deseja trabalhar, pois é uma forma de agregar conhecimento; analisar as pessoas que conhece e buscar realizar networking; se manter informado; e reorganizar o currículo para torná-lo mais atrativo com suas novas conquistas e habilidades. Caso não se sinta seguro em realizar esses procedimentos sozinho, há a opção de contratar uma consultoria que auxilia quem precisa se recolocar no mercado de trabalho.
De forma geral, cada região, estado ou as organizações sabem muito pouco sobre as capacidades, aspirações e o potencial dos profissionais. Enquanto isso, os profissionais têm dificuldade em demonstrar o que sabem, ou podem fazer, porque faltam as credenciais certas ou o poder certificador de um curso universitário.
Por outro lado, a maior parte dos empregadores e legisladores não tem dados para orientar com precisão a criação de cursos que efetivamente atendam às necessidades regionais das empresas.
Embora entendam, intuitivamente, que a força de trabalho é local, eles não sabem como isso afeta o desenvolvimento regional e o recrutamento de mão de obra. Com uma análise mais precisa das demandas do mercado de trabalho e um melhor entendimento da trajetória de carreira de milhões de pessoas, podemos começar a desenvolver atividades orientadas às melhores oportunidades.
O uso assertivo da tecnologia pode oferecer uma visão mais apurada dos tipos de habilidades comportamentais e técnicas, as chamadas soft e hard skills, que melhor habilitam os profissionais a avançarem em suas vidas e trabalho. A internet surge como uma facilitadora nessa busca. Nela, existem diversas plataformas que são voltadas para o meio corporativo, como o LinkedIn e o Peixe 30. Duas redes sociais com foco no mercado e disponibilidade de vagas, tanto para oferta quanto para busca. No Peixe 30, plataforma mais recente e que incentiva o uso de vídeos para “vender o seu peixe”, você faz a sua apresentação profissional em 30 segundos, destacando suas principais habilidades e competências.
Além disso, o aplicativo permite que o usuário acompanhe conteúdos no feed e escolha o vídeo de algum profissional para comentar.
Com recursos como estes, é possível “distribuir” o currículo para as mais variadas empresas em um curto período e mapear de forma mais organizada as vagas que estão sendo oferecidas. É de extrema importância fazer uso dessas redes sociais e mantê-las atualizadas, pois são bastante visitadas pelos líderes das empresas antes das entrevistas com os seus candidatos, no intuito de conhecê-los melhor profissionalmente.
Informações em tempo real, como oportunidades e perfis de trabalho acessível a todos, educadores, profissionais e empregadores, possibilitarão desenvolver cursos customizados necessários a cada papel, habilidade ou comportamento, baseados nas necessidades pessoais do profissional ou da empresa, preenchendo os gaps entre o que o profissional é e o que a empresa necessita. Em contrapartida, a customização profissional, das habilidades comportamentais e técnicas focadas nas informações em tempo real do mercado e dos profissionais, se torna factível e permitirá uma evolução sem precedentes na produtividade da mão de obra.
A customização profissional poderá, finalmente, ser chave para o aprendizado baseado em competências, de forma a atender necessidades locais e pontuais do mercado de trabalho. Em tempos de grandes mudanças tecnológicas, é necessário identificar e projetar cursos mais flexíveis e adequados a cada necessidade.
O mercado de trabalho é um ambiente dinâmico. Portanto, independentemente de estar ou não buscando sua recolocação profissional, é necessário se manter informado sobre as novas habilidades e competências exigidas pelas empresas e sintonizado com as tendências do mercado. Quanto maior a qualificação, maiores são as chances de recolocação e contratação.
*Jânyo Diniz é CEO do grupo Ser Educacional
Siga a Bússola nas redes: Instagram | Linkedin | Twitter | Facebook | Youtube
Veja também
Fesa e Edu Lyra da Gerando Falcões debatem habilidades dos novos talentos
"O Especialista" lança na segunda curso gratuito sobre macroeconomia
Como um ambiente saudável pode mudar a vivência de um trabalhador autista