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Campanha no YouTube combate preconceito entre gerações e o envelhecimento

Filme “Encontro com o tempo” traz reflexão sobre a importância do relacionamento entre gerações

Campanha será veiculada nos meios digitais para combater o preconceito de idade (Divulgação/Divulgação)
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Bússola

Publicado em 24 de fevereiro de 2022 às 18h30.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2022 às 18h38.

Uma campanha no YouTube e nas redes sociais quer responder a uma das maiores crises de identificação entre gerações e quebrar barreiras entre os públicos jovens e aqueles mais maduros. No filme Encontro com o tempo, a produção mostra o encontro de pessoas com seus possíveis “eu(s)” do passado e do futuro por meio de smartphones. A narrativa trata o assunto de maneira leve, sensibilizando sobre o preconceito contra o envelhecimento.

Ao longo do filme, os participantes trazem reflexões pessoais, não roteirizadas, sobre as aflições de cada fase da vida e a importância de valorizar o momento. A emoção é marcante principalmente na troca de palavras de conforto e conselhos entre os “eu(s)”, que sentem a pressão das incertezas do futuro, assim como os arrependimentos do passado.

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A assinatura do filme reforça a ideia: “Respeite seu tempo. De momento em momento que se faz o agora”. Na campanha, é possível acompanhar a história de Karoline Almeida, de 18 anos, conversando com sua “suposta” versão do futuro, Beatriz Santinelli, de 60 anos. Também vemos a jovem de 21 anos Verônica Rodrigues com Selma Braga, de 57 anos; e Miguel Estevão, de 18 anos, com Elias Cardoso, de 50 anos.

“Queremos impactar com uma mensagem forte de amor, para que todos pudessem se identificar. O ‘idadismo’ é um elemento opressor na vida de muitas pessoas. Precisamos falar sobre isso e nos engajar verdadeiramente para romper preconceitos ainda existentes”, declara Camila Nagata, produtora da organização Vinde a Cristo, que lança o filme  em parceria com a Giusti e Cine. A campanha será veiculada nos meios digitais e nos países em que a organização está presente.

Para a diretora de criação da Giusti, Daniela Dahrouge, ao nos colocarmos no lugar do próximo de verdade, conseguimos realmente sentir que cada fase da vida importa e deve ser valorizada.

“Nenhuma das pessoas que participaram sabia o que iria acontecer ali de verdade. Foi incrível ver como elas se entregaram à crença de que realmente estavam falando com elas mesmas”, afirma Dahrouge.

Para a diretora de cena do filme, Cris Vida, a ideia central e a necessidade de debater o tema a encantaram para o projeto. O grande desafio foi a seleção de histórias de vida fortes e que se conectassem entre si.

Segundo ela, foi preciso encontrar um paralelo em cada dupla para que parecessem a mesma pessoa. Tudo deveria acontecer ao mesmo tempo, em espaços diferentes, sem pausas, o que ajudou a acessar as emoções mais profundas de cada um.

“Foi espetacular, pois quando eles começaram a entender que as outras pessoas vivem os mesmos dramas que elas, alcançamos uma relação de confiança imensa e genuína”, diz Vida.

Entenda o “idadismo”

O idadismo é uma forma de preconceito sofrida por pessoas por conta da idade, sobretudo, em relação aos indivíduos mais velhos. Nos últimos anos, a discussão ganhou força na sociedade e no ambiente de trabalho, com esforços para construir pontes benéficas entre as diferentes gerações.

Após forte pressão internacional de organizações científicas e da sociedade civil, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recuou da decisão de classificar a velhice como doença na nova versão CID 11 (Classificação Internacional de Doenças), que entrou em vigor em janeiro deste ano. A OMS divulgou oficialmente a alteração no dia 16 de dezembro de 2021.

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