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BR Angels conclui 4° Batch, soma 200 investidores-anjo e faz primeiro exit

Chegada de 50 novos associados traz um soft commit adicional de R$ 20 milhões para a rede

Com apenas dois anos, associação de investimento-anjo já aportou mais de R$ 15 milhões em 14 startups (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Com apenas dois anos, associação de investimento-anjo já aportou mais de R$ 15 milhões em 14 startups (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

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Publicado em 19 de novembro de 2021 às 18h44.

Com o objetivo de atrair novos investidores-anjo interessados em apoiar startups com alto potencial de crescimento, o BR Angels Smart Network acaba de estruturar seu quarto Batch. Com 50 novas posições preenchidas, a rede nacional de investimento-anjo, composta por empreendedores e executivos de grandes empresas, atinge o número de 200 associados.

Recentemente, o modelo de investimento do BR Angels, que combina capital financeiro com capital intelectual, foi comprovado com seu primeiro exit a partir da venda de uma startup do seu portfólio, a adtech Chiligum, para VidMob, empresa líder mundial em soluções tecnológicas para marcas.

Os novos anjos agregam um potencial de mais de R$ 20 milhões ao BR Angels, que passa a concentrar um soft commit R$ 65 milhões para aplicar em novos negócios. A rede irá buscar principalmente startups dos segmentos de fintech, edtech, insurtech, hrtech, healthtech, SaaS e marketplaces em geral, que poderão contar com um ticket para co-investimento anjo de até R$ 5 milhões. A expectativa é fechar o ano com o dobro de startups no portfólio, em relação a 2020.

Segundo Orlando Cintra, fundador e CEO do BR Angels, a rede acompanhou o momento do ecossistema de empreendedorismo brasileiro, que conseguiu driblar a crise econômica mundial, superar os desafios impostos pela pandemia do coronavírus e, com isso, atingiu níveis históricos em 2021.

“Para o próximo ano, a expectativa é que o setor esteja mais aquecido do que nunca, com a plena retomada das atividades presenciais pós vacinação. Por isso, estruturamos o quarto Batch e fortalecemos a nossa rede, que possui 80% dos associados em cargos C-Level ou como Board Members de grandes companhias nacionais, além de 20% como founders e partners de negócios de sucesso. Nós queremos apostar cada vez mais em startups porque acreditamos que elas têm o poder de modernizar o mercado e movimentar a economia do país. Vale ressaltar que novos associados só entram no BR Angels por indicação, uma forma de manter o alto nível de qualidade”, declara Cintra.

Para serem beneficiadas pelo BR Angels, as startups passam por um minucioso processo de seleção, em que devem apresentar seus pitches em Pitch Days e ser validadas por dois terços dos associados envolvidos. O grupo oferece duas chances de seleção e garante duas indicações para a rede de mais de 70 parceiros estratégicos, dentre hubs de inovação, venture capital e diversas empresas, mesmo para as startups que não forem escolhidas para receber os aportes.

Portfólio

Desde o ano de sua formação, em 2019, o BR Angels já aportou mais de R$ 15 milhões em quatorze startups, são elas: Chiligum, MindMiners, Nvoip, Home Agent, VUXX, iRancho, Dialog, CustomerX, Autoforce, LandApp, Cignifi, Musii, Motorista PX e Circular Brain.

Fundada pela Forbes Under 30 Deborah Folloni, a Chiligum é uma plataforma de automação criativa que aumenta a produtividade de equipes de marketing. A adtech recebeu um aporte de R$ 2 milhões do BR Angels e um co-investidor em junho de 2020 e acaba de realizar um exit com a aquisição pela empresa líder mundial em soluções tecnológicas para marcas VidMob. Para a fundadora, a interação com o BR Angels foi fundamental para este grande passo da startup.

“Nós somos muito gratos por ter atraído capital qualificado e não apenas como commodity, pois quando o BR Angels fala em Smart, é realmente isso que ele propõe. O grupo é muito ativo, sempre fez questionamentos, orientou e fez questão de estar por perto para ajudar. Foram as provocações, as pessoas e as introduções certas e isso fez toda a diferença pra gente construir a tecnologia que a gente construiu e concluir essa transação”, diz Deborah Folloni.

A Autoforce participou de uma rodada de investimento pela primeira vez no meio deste ano e chamou a atenção do BR Angels, além de um co-investidor, com o desenvolvimento de tecnologias e soluções de marketing digital para o setor automotivo. Para Tiago Cavalcanti, CEO da startup, o aporte de R$ 2,3 milhões representou uma mudança de estágio para o negócio.

“Esse investimento foi uma validação do nosso negócio, estrutura e produto diante do mercado. Ele validou também aspectos da nossa cultura e da nossa visão do setor. Para nós, foi extremamente positivo pois, desde o pré-investimento, a rede se mostrou muito dedicada, o que nos cativou e inspirou confiança”, afirma Cavalcanti.

Logo em seguida, o BR Angels realizou um co-investimento na LandApp, plataforma de logística de materiais e resíduos sólidos da construção civil que vem se destacando no mercado. Mayara Protti, co-fundadora e Head de Negócios da LandApp, afirma que o suporte do BR Angels foi muito além do dinheiro, já que todo o processo permitiu que a startup evoluísse o plano de negócio e os objetivos a longo prazo.

“Nós temos reuniões mensais com o Board Advisor do BR Angels responsável pela nossa operação, que nos ajudam a revisar os resultados com direcionamentos e oportunidades de melhoria. A abertura de portas em novos clientes e as mentorias para cada área da empresa também são grandes benefícios, já que podemos aprender e trocar boas práticas com os membros e com outras startups do portfólio, que têm diferentes timings e experiências”, diz a empreendedora.

Foco

O BR Angels aposta no Smart Money como seu principal diferencial. Dessa forma, não investe apenas capital financeiro, mas principalmente capital intelectual, por meio de mentorias. Para isso, os anjos são divididos em nove áreas de conhecimento, nos chamados grupos SMART, que cobrem desde Planejamento Estratégico & Gestão até Financeiro & Backoffice, Customer Success e ESG (Environmental, Social and Governance).

De acordo com a política do grupo, os investidores-anjo devem dedicar, no mínimo, quatro horas por mês às investidas do portfólio, o que totaliza mais de cem horas de mentorias mensais de cada grupo Smart. Para Cintra, essa é a forma de garantir que o Smart Money não fique apenas no discurso e efetivamente beneficie as startups.

“Nós estruturamos essa forma de atuação para que todas as investidas recebam a devida atenção dos nossos associados, de acordo com a especialidade de cada um. Assim, elas conseguem receber conselhos valiosos de quem tem vasta experiência de mercado e ter insights para desenvolver os aspectos necessários do negócio. Essa é a interação que consideramos mais importante e que supera, inclusive, as quantias aportadas”, declara o CEO do BR Angels.

Dentre os 50 novos investidores que chegam à associação estão Celso Luis Lara Macedo, Vice Presidente LATAM da Farmers Edge, Georgia Rivellino, Gerente de Marketing da Simpress e Marcos Cruz, Diretor do Grupo Canopus. Outra personalidade é Camila Simão, Head de CX, Research and Product Marketing da Dock, empresa de tecnologia para meios de pagamento e Banking as a Service de destaque na América Latina. Para ela, integrar o quarto Bath do BR Angels é uma oportunidade de contribuir com startups com capital e tempo.

“Eu entrei em contato com o universo das startups há dois anos e me encantei. Fiz um treinamento de Board de empresas digitais e busquei alternativas para participar mais ativamente — foi aí que encontrei o BR Angels e decidi me juntar ao grupo. Considero que minha carreira e visão de grandes corporações mais estruturadas, além da vivência em startups e amplitude de atuação em diferentes áreas, me possibilitam fazer uma leitura ampla dos novos negócios e agregar valor em frentes diversas”, declara a executiva.

Já Vittorio Danesi, CEO da Simpress, empresa especialista em outsourcing de equipamentos e soluções de TI, participou de todos os batches do BR Angels até o momento e afirma que sua motivação é estar inserido na nova economia.

“Além do aprendizado mútuo entre os associados e os empreendedores, a chance de obter um bom retorno sobre o investimento também é um atrativo, já que as startups são validados por um grupo seleto de profissionais experientes e isso maximiza as chances de sucesso. Com o quarto Batch, atingimos um patamar cada vez maior e mais maduro de avaliação e investimento em novos negócios”, diz o empresário.

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