Curtas – uma seleção do mais importante no Brasil e no mundo
Um terremoto atingiu a costa da Guatemala nesta segunda-feira, um dia depois que uma grande erupção vulcânica afetou o país da América Central
Da Redação
Publicado em 5 de junho de 2018 às 06h43.
Última atualização em 5 de junho de 2018 às 07h17.
Poder de polícia
O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Sergio Etchegoyen, afirmou nesta segunda-feira que o governo federal usará todo o poder de polícia que detém para garantir o desconto de 0,46 real por litro no preço do óleo diesel nos postos de gasolina. Segundo ele, a BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, já aplicou o desconto em todo o seu estoque, mas ainda é possível que o novo valor não tenha chegado a alguns pontos de venda. De acordo com o ministro, estão superadas as questões relativas à segurança, defesa e ao abastecimento provocadas pela paralisação dos caminhoneiros. O foco do governo, a partir de agora, será a fiscalização para garantir a implementação das medidas acordadas com os caminhoneiros. Etchegoyen afirmou que fiscalização será feita com “toda a energia que a situação exige”.
Reforma suspeita
Segundo o jornal O Globo, a Polícia Federal obteve novas provas que revelaram ligação entre o coronel João Baptista Lima e uma reforma realizada na residência do presidente Michel Temer no bairro de Alto de Pinheiros, em São Paulo. Com isso, os investigadores passaram a apurar se a operação teve o objetivo de lavar dinheiro ilícito captado pelo coronel Lima em nome de Temer. Lima é amigo do presidente há mais de 30 anos e apontado como seu principal operador. A suspeita surgiu depois que os policiais apreenderam na sede de uma das empresas de Lima uma planilha de projetos de arquitetura executados. Ainda segundo o jornal, na linha 285 do documento constava “residência Dr. Michel Temer”. O material está em análise pelos peritos da PF e foi apreendido na Operação Skala, deflagrada em 29 de março e que mirou outros amigos de Temer além de Lima.
Ônibus incendiados em MG
Minas Gerais registrou uma onda de 24 ataques a ônibus em 17 cidades neste domingo e na madrugada desta segunda, segundo a Polícia Militar do estado Cerca de 30 suspeitos foram presos, sendo oito em flagrante. A polícia apreendeu uma arma de fogo. Não houve feridos. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, também houve ações contra uma delegacia, duas agências bancárias e um caixa eletrônico. Na região metropolitana de Belo Horizonte, foram três ônibus incendiados entre a noite de domingo e a madrugada desta segunda Além da capital, Alfenas, Guaxupé, Itajubá, Pouso Alegre, Santa Luzia, Uberaba e Uberlândia também registraram casos. Uma das hipóteses da investigação é ação de facções criminosas.
Ônibus depredados em Manaus
Pelo menos 61 ônibus foram depredados nesta segunda-feira 4 durante um protesto contra a paralisação do transporte público rodoviário em Manaus (AM). Segundo a Polícia Militar do Amazonas, os usuários se revoltaram devido à falta de ônibus causada pela greve dos rodoviários, deflagrada há sete dias. Segundo a prefeitura de Manaus, a greve iniciada na última terça-feira (29), descumpre decisão judicial do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), da 11ª Região, que fixou multa de 200.000 reais por hora caso os rodoviários insistissem em paralisar suas atividades. Os rodoviários pedem reajuste salarial; novas contratações; estipulação de uma quantia máxima a ser paga aos motoristas em caso de acidente e a possibilidade de parcelar este valor; fracionamento das férias e da intrajornada e compensação de horas extras.
Doria vira réu
A juíza Cynthia Thomé, da 6ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, impôs multa de 200.000 reais e aceitou nova ação de improbidade contra o ex-prefeito da capital paulista João Doria (PSDB) por suposta promoção pessoal com o uso da expressão Acelera SP, informa o jornal O Estado de S.Paulo. Para a magistrada, o tucano descumpriu liminar que determinava penalidade de 50.000 reais caso ele voltasse a usar o slogan. A decisão é do dia 23 de maio. Essa é a segunda ação civil pública aberta contra Doria. A ação foi ajuizada em março pelo promotor Nelson Luís Sampaio de Andrade, do Patrimônio Público e Social. Para ele, Doria se vale de slogans e da identidade visual de seus programas políticos e vincula a eles sua imagem pessoal. O ex-prefeito já é réu em outra ação de improbidade administrativa, acusado de descumprir liminar que o proibia de fazer o uso de outro slogan, o Cidade Linda.
Enel compra Eletropaulo
A italiana Enel fechou a compra de mais de 70% da distribuidora de energia paulista Eletropaulo, por cerca de 5,55 bilhões de reais, em um leilão realizado nesta segunda-feira pela bolsa B3. O negócio envolverá o pagamento pela Enel de 45,22 reais por ação da Eletropaulo, em um total de 122,79 milhões de papéis da companhia, que possui cerca de 167,3 milhões de ações em circulação. A companhia italiana apresentou uma oferta pública pela aquisição até da totalidade das ações da elétrica e superou sua rival Iberdrola pela transação, que a tornará a líder no mercado brasileiro de distribuição de eletricidade, posição até então ocupada pela CPFL Energia, da chinesa State Grid. A disputa pela compra da Eletropaulo teve início ainda em março, quando a companhia recebeu uma primeira proposta da Enel. Na época, os papéis da distribuidora eram negociados a cerca de 17 reais. Com a compra do controle pela Enel, a Eletropaulo irá se somar às outras operações de distribuição de energia controladas pela empresa no país –no Rio de Janeiro, no Ceará e em Goiás.
Walmart vende operações no Brasil
O Walmart informou nesta segunda-feira que a empresa de private equity Advent International vai adquirir o controle das operações do Walmart no Brasil, no terceiro grande negócio do varejista desde abril para remodelar suas operações no exterior. A Advent terá uma participação de 80% no Walmart Brasil e a varejista manterá os 20% restantes, disse o Walmart sem divulgar o valor da transação. Como resultado, o Walmart prevê que terá um prejuízo líquido no caixa de cerca de 4,5 bilhões de dólares no segundo trimestre. A varejista tem reformulado seus negócios internacionais voltando o foco para investimentos em mercados em crescimento, como China e Índia. Recentemente, a empresa vendeu uma fatia majoritária no negócio britânico ASDA para a J. Sainsbury e pagou 16 bilhões de dólares por uma participação majoritária na empresa de comércio eletrônico da Índia Flipkart.
Adeus, Monsanto
O grupo alemão dos setores farmacêutico e agroquímico Bayer anunciou nesta segunda-feira que vai suprimir a marca Monsanto depois de comprar a empresa americana de sementes e pesticidas. “A Bayer continuará sendo o nome da empresa. Monsanto como nome de empresa não será mantido”, afirma um comunicado divulgado pelo grupo alemão, que deseja concluir a fusão na quinta-feira. A nova empresa vai conservar os produtos da Monsanto, como o Roundup — um dos herbicidas mais usados no mundo, mas acusado de ser nocivo para a saúde —, mas deixará de usar o nome Monsanto, como maneira de tomar distância de um nome que foi alvo de protestos de organizações ecológicas e de grupos de agricultores durante anos. Para financiar a compra de 63 bilhões de dólares da Monsanto, a Bayer anunciou, neste domingo, ampliação de capital de 6 bilhões de euros e uma dívida de mais de 30 bilhões de dólares, o que nesta segunda-feira levou a agência de classificação financeira Standard & Poor’s a reduzir sua nota de crédito a longo prazo de “A-” a “BBB”.
Jordânia: primeiro-ministro cai
O primeiro-ministro da Jordânia, Hani Mulki, apresentou nesta segunda-feira sua renúncia ao rei Abdullah, depois de cinco dias de protestos contra as medidas de austeridade do governo. As manifestações acontecem desde quarta-feira na capital, Amã, e em outras cidades do país contra o aumento de preços e contra um projeto de lei para subir os impostos. Sob pressão do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a realização de reformas estruturais, o rei Abdullah e Mulki propunham um projeto de lei do imposto de renda, que desagradou a população. O projeto de lei fiscal, recomendado pelo FMI, prevê um aumento de pelo menos 5% dos impostos, o que afetará pela primeira vez as pessoas com uma renda anual de 8.000 dinares (9.700 euros). Na noite de sábado, cerca de 3.000 pessoas se manifestaram perto do gabinete do primeiro-ministro, no centro da capital. Poucas horas antes, as negociações entre representantes dos sindicatos e o governo haviam fracassado. O FMI aprovou em 2016 uma linha de crédito de 723 milhões de dólares em três anos para o país.
Terremoto e erupção na Guatemala
Um terremoto atingiu a costa da Guatemala nesta segunda-feira, um dia depois que uma grande erupção vulcânica afetou o país da América Central. Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), o terremoto de magnitude 5,2 ocorreu no Oceano Pacífico a 10 quilômetros de profundidade. Na noite de domingo, uma violenta erupção no Vulcão de Fogo, a 57 quilômetros da capital, deixou pelo menos 62 mortos e cerca de 300 feridos, de acordo com dados preliminares do governo, que retirou 3.100 pessoas das áreas próximas ao vulcão. Algumas das vítimas fatais eram da comunidade de El Rodeo, no sopé do vulcão, um dos mais ativos entre os 37 do país. “Essa é a maior erupção desde 1974, temos tido erupções constantes mas não dessa dimensão, em que caiu lava de grande magnitude por até 8 quilômetros”, disse Gustavo Chigna, especialista do Instituto Nacional de Sismologia e Vulcanologia, a mídias locais.
OEA contra Maduro
A Organização dos Estados Americanos endureceu o cerco contra o ditador venezuelano Nicolás Maduro. O relatório de um grupo de especialistas nomeado pelo secretário-geral, Luis Almagro, concluiu que seu governo cometeu crimes contra a humanidade e que há base legal para denunciá-lo ao Tribunal Penal Internacional. Os Estados Unidos afirmaram que já têm votos para que a OEA não reconheça a reeleição de Maduro, em maio. O chanceler brasileiro Aloysio Nunes defendeu, ontem, a suspensão da Venezuela da OEA. Maduro, por sua vez, afirmou que os Estados Unidos mobilizaram uma campanha de “chantagem e ameaça” contra os governos latinos para que aprovassem a resolução para suspender a Venezuela da OEA. “Cada vez que se aproxima uma assembleia geral da OEA vemos o mesmo filme”, disse Maduro.