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Trecho Leste do Rodoanel deve ser entregue inacabado

Agora, a promessa é de que o trecho completo seja concluído no primeiro semestre de 2014

Geraldo Alckmin: o novo prazo é visto com desconfiança por aliados de Alckmin, que acreditam que o período de chuvas pode comprometer o desempenho no canteiro de obras (Marcelo Camargo/ABr)
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Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2013 às 08h12.

São Paulo - Vitrine do governo Geraldo Alckmin (PSDB) para a eleição de 2014 , o Trecho Leste do Rodoanel deve ser entregue inacabado em março do ano que vem, prazo final previsto em contrato.

As obras dos 43,8 km que ligarão o Trecho Sul, em Mauá, à Rodovia Presidente Dutra, em Arujá, estão atrasadas e a concessionária SPMar corre para tentar inaugurar ao menos o trecho até a Ayrton Senna. Ainda faltarão 8 km até a Dutra.

Embora empresa e governo tenham afirmado publicamente nos últimos meses que o Trecho Leste estava dentro do cronograma, a Agência de Transportes de São Paulo (Artesp), que fiscaliza as concessionárias de rodovias no Estado, já emitiu 66 notificações, sem multa, alertando a SPMar para os atrasos.

Agora, a promessa é de que o trecho completo seja concluído no primeiro semestre de 2014.

Ainda assim, o novo prazo é visto com desconfiança por aliados de Alckmin. Eles acreditam que o período de chuvas pode comprometer o desempenho no canteiro de obras e minar a estratégia política para que o governador inaugure todo o Trecho Leste até 4 de julho, prazo limite para que autoridades que disputarão as eleições de outubro participem de inaugurações públicas. Alckmin é candidato à reeleição.

Já para a SPMar, que venceu a concorrência do Trecho Leste apresentando a menor tarifa de pedágio do Trecho Sul, entregue pela Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa) em abril de 2010, a alteração dos prazos vai pesar no bolso. Isso porque o contrato de concessão por 35 anos assinado em março de 2011 prevê multa de cerca de R$ 400 mil por dia de atraso, ou R$ 12 milhões por mês.


Mesmo com o atraso no Trecho Leste, a concessionária continuará operando o Sul, onde cobra pedágio desde agosto de 2011. A tarifa é de R$ 2,60 por eixo. Segundo balanço da concessionária, a receita com pedágio em 2012 foi de R$ 145,8 milhões.

Piores

Em sobrevoo feito no início do mês, o Estado constatou que a parte mais atrasada da obra é o trecho de 8 km entre as Rodovias Ayrton Senna e Presidente Dutra, onde ainda há árvores sendo derrubadas e casas a serem demolidas pela SPMar.

Há quase um ano, a reportagem noticiou que a falta de licenças ambientais nos últimos dos dez lotes da obra atrasavam a execução do projeto. Em maio deste ano, a questão foi resolvida, mas um imbróglio envolvendo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) trava as obras do trevo de acesso à Dutra, em Arujá.

Outro trecho problemático está logo no início do trajeto, próximo da interligação com o Trecho Sul, em Mauá. Segundo a SPMar, a falta de autorização da MRS Logística, concessionária federal que opera a linha férrea de trens de carga que cruza a asa leste, impede a escavação da passagem subterrânea.

Já no túnel Santa Luzia, em Ribeirão Pires, iniciado em dezembro de 2011, as imagens externas são semelhantes às de março, quando Alckmin e o secretário de Logística e Transporte, Saulo de Castro Abreu Filho, elogiaram o ritmo das obras.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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São Paulo - Vitrine do governo Geraldo Alckmin (PSDB) para a eleição de 2014 , o Trecho Leste do Rodoanel deve ser entregue inacabado em março do ano que vem, prazo final previsto em contrato.

As obras dos 43,8 km que ligarão o Trecho Sul, em Mauá, à Rodovia Presidente Dutra, em Arujá, estão atrasadas e a concessionária SPMar corre para tentar inaugurar ao menos o trecho até a Ayrton Senna. Ainda faltarão 8 km até a Dutra.

Embora empresa e governo tenham afirmado publicamente nos últimos meses que o Trecho Leste estava dentro do cronograma, a Agência de Transportes de São Paulo (Artesp), que fiscaliza as concessionárias de rodovias no Estado, já emitiu 66 notificações, sem multa, alertando a SPMar para os atrasos.

Agora, a promessa é de que o trecho completo seja concluído no primeiro semestre de 2014.

Ainda assim, o novo prazo é visto com desconfiança por aliados de Alckmin. Eles acreditam que o período de chuvas pode comprometer o desempenho no canteiro de obras e minar a estratégia política para que o governador inaugure todo o Trecho Leste até 4 de julho, prazo limite para que autoridades que disputarão as eleições de outubro participem de inaugurações públicas. Alckmin é candidato à reeleição.

Já para a SPMar, que venceu a concorrência do Trecho Leste apresentando a menor tarifa de pedágio do Trecho Sul, entregue pela Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa) em abril de 2010, a alteração dos prazos vai pesar no bolso. Isso porque o contrato de concessão por 35 anos assinado em março de 2011 prevê multa de cerca de R$ 400 mil por dia de atraso, ou R$ 12 milhões por mês.


Mesmo com o atraso no Trecho Leste, a concessionária continuará operando o Sul, onde cobra pedágio desde agosto de 2011. A tarifa é de R$ 2,60 por eixo. Segundo balanço da concessionária, a receita com pedágio em 2012 foi de R$ 145,8 milhões.

Piores

Em sobrevoo feito no início do mês, o Estado constatou que a parte mais atrasada da obra é o trecho de 8 km entre as Rodovias Ayrton Senna e Presidente Dutra, onde ainda há árvores sendo derrubadas e casas a serem demolidas pela SPMar.

Há quase um ano, a reportagem noticiou que a falta de licenças ambientais nos últimos dos dez lotes da obra atrasavam a execução do projeto. Em maio deste ano, a questão foi resolvida, mas um imbróglio envolvendo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) trava as obras do trevo de acesso à Dutra, em Arujá.

Outro trecho problemático está logo no início do trajeto, próximo da interligação com o Trecho Sul, em Mauá. Segundo a SPMar, a falta de autorização da MRS Logística, concessionária federal que opera a linha férrea de trens de carga que cruza a asa leste, impede a escavação da passagem subterrânea.

Já no túnel Santa Luzia, em Ribeirão Pires, iniciado em dezembro de 2011, as imagens externas são semelhantes às de março, quando Alckmin e o secretário de Logística e Transporte, Saulo de Castro Abreu Filho, elogiaram o ritmo das obras.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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