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Temer e Meirelles: por um país normal

Mais de 500 executivos e empresários deixaram o EXAME Fórum 2016, em São Paulo, com uma injeção de esperança. Ao longo de oito horas de discussões e debates, membros do governo, da academia e do mercado financeiro afirmaram o que todos queriam ouvir: o novo ciclo que se inicia tem tudo para impulsionar os investimentos […]

HENRIQUE MEIRELLES: é hora de resolver uma complacência histórica com o descontrole de gastos / Germano Lüders
DR

Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2016 às 18h28.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h22.

Mais de 500 executivos e empresários deixaram o EXAME Fórum 2016, em São Paulo, com uma injeção de esperança. Ao longo de oito horas de discussões e debates, membros do governo, da academia e do mercado financeiro afirmaram o que todos queriam ouvir: o novo ciclo que se inicia tem tudo para impulsionar os investimentos e o crescimento que o país tanto precisa.

O plano para isso, na teoria, é simples, como afirmou o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, em sua fala de encerramento. “Em última instância, meu trabalho é permitir que os senhores possam fazer o seu, gerar riqueza, contribuir para o crescimento do país”, afirmou.

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Para chegar lá, como lembrou Meirelles, é preciso romper uma complacência histórica. Desde a independência, afinal, o Brasil vive às voltas com o endividamento e com descontroles de gastos. E a situação só se agravou. De 91 a 2015, a despesa pública como percentual do PIB de 10% para mais de 19%. É uma ciclotimia matadora: os gastos são maiores no primeiro ano de mandato, e menores no último. Sempre foi assim.

O evento decisivo para romper com isso, a PEC dos gastos, segundo Meirelles, pode ser votada já no dia 6. “Chegou a hora de resolver o problema. Na segunda-feira já temos, às 9h, reunião de trabalho para encaminhar o relatório final”, afirmou. “É fundamental aprovar ainda este ano por uma questão de expectativas”.

Na abertura do evento, o presidente Michel Temer, elencando uma série de dados realistas da economia, afirmou: “não quero assustá-los, quero motivá-los para que, juntos, possamos sair dessa crise”. Temer voltou a afirmar que está mais preocupado com crescimento econômico do que com popularidade. E disse que, se reformas fundamentais, como a Previdência, não forem aprovadas, o país não terá dinheiro nem para pagar a sua aposentadoria. O plano soou como música para os empresários. Só falta, agora, tirá-lo do papel.

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