Vacina da Sinovac (Nicolas Bock/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 17 de janeiro de 2021 às 11h58.
Última atualização em 17 de janeiro de 2021 às 13h55.
Durante reunião neste domingo, 17, a área técnica da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou a aprovação de uso emergencial da Coronavac, vacina apresentada pelo Instituto Butantan.
Segundo Gustavo Mendes, gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, a recomendação se dá dentro do cenário da pandemia, com o aumento de casos e ausência de alternativas para tratar a doença. A aprovação seria condicionada ao monitoramento da eficácia ao longo do tempo. Para a Anvisa, não há dados significativos para casos de imunosuprimidos e idosos.
Mendes disse que a eficácia da Coronavac é de 50,39%, porcentual em linha com o anunciado pelo Instituto Butantan (50 38%).
Significa que, de cada cem pessoas vacinadas que tiverem contato com o vírus, 50,39% não vão manifestar a doença graças à imunidade conferida pela vacina, pelas contas da agência. O cálculo da eficácia geral leva em conta a análise de todos os casos de covid-19 registrados entre os voluntários dos testes clínicos.
A Anvisa discute neste domingo, 17, se libera o uso emergencial da Coronavac e da vacina de Oxford/AstraZeneca, imunizantes distribuídos, respectivamente, pelo Butantan e pela Fiocruz no Brasil. A agência cobra eficácia acima de 50% para liberar o uso emergencial. Ao explicar os cálculos, Leonardo Fábio Filho, estatístico da Anvisa, apontou um porcentual de 50,4%, mas disse que a diferença decimal deve-se a um arredondamento, sem efeito prático.
A agência afirma que recebeu a base de dados completa apenas na última quinta-feira do Butantan. Mendes afirmou que os dados têm significância estatística.