Brasil

Sem reajuste; delação cancelada…

Delação cancelada  A Procuradoria-Geral da República (PGR) rompeu nesta segunda-feira o acordo de delação premiada de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS. O combinado ainda não havia sido assinado entre as partes por estar em fase inicial de negociação. Para o procurador-geral Rodrigo Janot, o vazamento do conteúdo envolvendo o ministro do Supremo Tribunal Federal Dias […]

RODRIGO MAIA: ele recebeu apoio do senador Aécio Neves para tentar uma reeleição, caso isso seja possível juridicamente / José Cruz/ Agência Brasil

RODRIGO MAIA: ele recebeu apoio do senador Aécio Neves para tentar uma reeleição, caso isso seja possível juridicamente / José Cruz/ Agência Brasil

DR

Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2016 às 07h12.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h03.

Delação cancelada 

A Procuradoria-Geral da República (PGR) rompeu nesta segunda-feira o acordo de delação premiada de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS. O combinado ainda não havia sido assinado entre as partes por estar em fase inicial de negociação. Para o procurador-geral Rodrigo Janot, o vazamento do conteúdo envolvendo o ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli, que estampou a capa deste fim de semana da revista VEJA, é justificativa para a quebra de “acordo de confidencialidade”. Essa é uma das cláusulas para que a PGR aceite a colaboração.

Sem reajuste 

O governo Temer mudou de postura em relação ao reajuste salarial aos servidores públicos. Depois de almoço com o presidente interino, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse a jornalistas que, no momento, é preciso mostrar “compromisso com o combate ao déficit público”. O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, afirmou que “é momento de segurar um pouco essa questão de reajuste”. A preocupação vem depois da aprovação de um pacote de aumentos, no início de junho, que impactará os cofres públicos em 58 bilhões de reais até 2019.

61 votos na conta 

Ainda sobre o processo de impeachment, o governo interino prevê mais apoio na votação final no Senado. O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse contar com pelo menos 61 votos contra Dilma no julgamento que começará nesta quinta-feira. Em entrevista à Rádio Estadão, o peemedebista também prospecta o futuro: “Com governo definitivo, teremos de conter a expansão da dívida pública e reformar nosso sistema previdenciário”.

_

Tarifas maiores

Os bancos do país estão cobrando mais por serviços como emissão de talão de cheques e anuidade de cartões de crédito para compensar as perdas com empréstimos ruins. Segundo o IBGE, as tarifas de serviços bancários acumulam alta de 11,5% em 12 meses até julho deste ano — 2,8 pontos percentuais acima da inflação medida pelo IPCA. Ao mesmo tempo, as provisões do setor bancário chegaram a 6,3% do total de empréstimos em junho — maior nível em cinco anos. A taxa de inadimplência de 90 dias em junho foi de 5,6% — perto de níveis recorde.

_

Fusões e aquisições

O volume de operações de fusão e aquisição chega a 20,6 bilhões de dólares no país de janeiro a julho, totalizando 52 operações. As estimativas são do banco Itaú BBA. Em entrevista, o diretor executivo do banco, Cristian Egan, disse que mais da metade das operações teve participação de investidores estrangeiros. “Apesar da crise, a entrada de recursos deve continuar ocorrendo nos próximos seis a 18 meses”, afirmou.

_

Reunião de líderes na UE

Dois meses após o Brexit — saída do Reino Unido da União Europeia —, líderes de Alemanha, França e Itália encontraram-se nesta segunda-feira para discutir o futuro do bloco continental. A reunião, numa ilha na costa de Nápoles, teve a presença do premiê italiano, Matteo Renzi, da chanceler alemã, Angela Merkel, e do presidente francês, François Hollande. No domingo, Renzi havia afirmado que o objetivo do encontro era “relançar” o projeto europeu. Nesta tarde, Hollande pediu “unidade e coesão” no continente, diante do temor sobre o fortalecimento de tendências nacionalistas e separatistas. Os líderes também discutiram medidas de segurança integradas contra o terrorismo — somente a França foi vítima de três atentados desde novembro passado —, além de propostas para a crise dos refugiados.

Sarkozy de volta?

O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy anunciou que será novamente candidato ao Palácio do Eliseu nas eleições de 2017. Embora a candidatura fosse especulada, a confirmação veio no novo livro de Sarkozy, que será lançado nesta semana. No último pleito, em 2012, ele foi derrotado pelo atual presidente, François Hollande, do Partido Socialista, de centro-esquerda. Antes de concorrer novamente, o ex-mandatário terá de enfrentar as primárias de seu partido, o conservador Les Républicains.

A Pfizer e a próstata

Maior companhia farmacêutica dos Estados Unidos, a Pfizer anunciou a compra da também americana Medivation, fabricante de remédios contra o câncer. A oferta de 14 bilhões de dólares, em dinheiro, deixou para trás diversos outros concorrentes e fez subir 20% as ações da Medivation nesta segunda-feira. A Medivation é conhecida por ser dona do Xtandi, medicamento contra o câncer de próstata responsável por um faturamento de 2,2 bilhões ao ano. Há quatro meses, a Pfizer havia comprado a Anacor Pharmaceuticals, fabricante de um gel antialérgico, por 5,2 bilhões de dólares.

Lochte: patrocínio cancelado

A semana não começou bem para o nadador americano Ryan Lochte. Depois de se envolver em polêmica na qual mentiu sobre um falso assalto que teria sofrido na Rio-2016, o atleta teve três patrocínios cancelados nesta segunda-feira. A fabricante de acessórios de natação Speedo anunciou o fim de seu patrocínio a Lochte e disse que vai doar os 50.000 dólares anteriormente destinados ao atleta a projetos da ONG Save the Children no Brasil. Em nota, a Speedo afirmou que não pode “tolerar um comportamento que é contrário aos valores da marca”. Anteriormente, a marca de vestuário Ralph Lauren também havia anunciado o fim da relação com Lochte após o término do contrato, no final deste ano. Outra a cancelar o patrocínio foi a Syneron-Candella, dona de uma marca de removedor de pelos.

Acompanhe tudo sobre:Às SeteExame Hoje

Mais de Brasil

Lula decreta luto oficial de 3 dias pela morte de Silvio Santos

Estado e cidade de SP decretam luto de 7 dias pela morte de Silvio Santos

Plano sobre ocupação de Brasília traz preocupações sobre tombamento

Concurso Unificado: saiba o que pode ou não levar para a prova

Mais na Exame