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ÀS SETE - Trump acaba com os dois principais fóruns criados por ele para aproximar os empresários do governo

Trump: cada vez mais isolado, o presidente parece acreditar ainda mais em sua própria voz (Kevin Lamarque/Reuters)

Trump: cada vez mais isolado, o presidente parece acreditar ainda mais em sua própria voz (Kevin Lamarque/Reuters)

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EXAME Hoje

Publicado em 17 de agosto de 2017 às 06h26.

Última atualização em 17 de agosto de 2017 às 07h33.

Reforma política adiada 

O plenário da Câmara dos Deputados adiou na noite desta quarta-feira a votação do texto da reforma política por falta de consenso. Os deputados não se entendem sobre os principais pontos, como a criação de um fundo público de campanha, a instituição do distritão para as eleições de 2018 e a definição de um mandato de dez anos para futuros ministros de tribunais superiores. A reforma deve voltar a ser analisada na terça-feira, mas já há a expectativa de que a Câmara não consiga aprovar nada até setembro, data limite para que as mudanças entrem em vigor no ano que vem.

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Leia também estas outras notícias da seção Às Sete e comece o dia bem informado:

Geddel denunciado



O Ministério Público Federal (MPF) apresentou à Justiça denúncia contra o ex-ministro Geddel Vieira Lima, que comandava a Secretaria de Governo de Michel Temer. Geddel é acusado de tentar barrar as negociações para a delação premiada do operador financeiro Lúcio Funaro. Ele tenta fechar um acordo de delação que promete detalhar sua atuação como operador financeiro de um grupo de políticos peemedebistas cujos expoentes são o presidente Michel Temer e os ex-presidentes da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves. Funaro intermediava interesses de empresas dispostas a pagar propinas a integrantes do partido em troca de contratos públicos. De acordo com o MPF, Geddel, que sabia do poder de fogo de Funaro, atuou deliberadamente para dificultar e atrasar as investigações de crimes.

PMDB quer voltar aos primórdios



O presidente nacional do PMDB, Romero Jucá (RR), afirmou nesta quarta-feira que encaminhou um ofício ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para mudar o nome da legenda para MDB (Movimento Democrático Brasileiro), como era na época da ditadura militar. A alteração, que tem o aval do presidente Michel Temer, deve ser concretizada em 27 de setembro, durante a convenção nacional da legenda. Jucá nega que a mudança do nome seja uma tentativa de “esconder” o partido atrás de uma nova marca, já que a cúpula da legenda e o próprio Temer têm sido alvo de diversas denúncias relacionadas a escândalos de corrupção, especialmente no âmbito da Operação Lava-Jato.

Minha Casa, Minha Vida com problemas



Fiscalização do Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU) identificou defeitos em 56,4% dos imóveis do programa Minha Casa, Minha Vida visitados durante o ano de 2015. Foram avaliadas 1.472 unidades referentes a 2.166 contratos. As principais falhas encontradas foram infiltrações, falta de prumo (verticalidade de paredes e colunas) e de esquadros (se os planos medidos estão com ângulo reto), trincas e vazamentos. Apesar dos defeitos, a fiscalização identificou que os moradores estão satisfeitos com a moradia. De acordo com o levantamento, o nível de satisfação foi considerado alto em 33,1% dos casos e médio em outros 47,2%.

STF nega indenização ao MT

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quarta-feira, por 7 a 0, que toda a área que compõe o Parque Indígena do Xingu é, comprovadamente, de ocupação imemorial e contínua por povos originários, não cabendo assim indenização ao Estado de Mato Grosso em decorrência da criação da área de proteção. A ação, julgada em sessão extraordinária, foi aberta há mais de 30 anos por Mato Grosso, que processou a União e a Fundação Nacional do Índio (Funai) em busca de indenização, por entender que tinham sido incluídas no perímetro do parque áreas que na época não eram ocupadas por indígenas — razão pela qual, alegava, tais terras seriam de posse do Estado, conforme a Constituição de 1946.

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Desdobramento no Magazine Luiza

A varejista Magazine Luiza informou ao mercado que pretende fazer o desdobramento de suas ações nesta quarta-feira, um dia depois de os papéis ultrapassarem a barreira dos 450 reais. Somente neste ano, as ações da Magazine Luiza na B3 tiveram alta de 363,78% em relação à alta de 13,89% do Ibovespa, principal índice da bolsa. Segundo dados da consultoria Economatica, o valor de mercado da varejista subiu de 2,2 bilhões de reais para 9,6 bilhões. A proposta é desdobrar os papéis na proporção de 1 para 8. Após a notícia, os papéis do Magazine Luiza fecharam em alta de 7,87%, cotados a 490 reais cada um.

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Cade aprova Itaú e Citi

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta quarta-feira a compra da área de varejo do banco Citibank no Brasil pelo Itaú Unibanco. Mas há restrições. O Itaú não poderá adquirir instituições financeiras nem operadores de consórcio num prazo de 30 meses, segundo acordo condicionado à aprovação. Em outubro, o Itaú anunciou a compra da unidade de varejo do Citibank no Brasil por 710 milhões de reais. O banco desbancou o espanhol Santander na compra, que era apontado como favorito para levar o negócio. Segundo o Cade, a aquisição apresenta poucas preocupações concorrenciais, principalmente por causa da baixa participação de mercado do Citibank. As ações do Itaú fecharam em alta de 0,18%.

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Congonhas em leilão

O governo federal decidiu colocar em leilão o Aeroporto de Congonhas, na cidade de São Paulo, em 2018, segundo informações do Ministério do Planejamento nesta quarta-feira. O ministério não divulgou o valor pretendido pelo governo a ser levantado com Congonhas, mas afirmou que boa parte dos 6 bilhões de reais esperados em receitas com concessões de aeroportos em 2018 virá do leilão do terminal paulista. O anúncio oficial da entrada de Congonhas no plano de desestatizações deverá ocorrer na próxima terça-feira, após reunião do conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).

FMI eleva crescimento da China

O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou a estimativa da taxa de crescimento da China para os próximos três anos. De acordo com a organização, a economia chinesa deve crescer 6,4% por ano até 2020. Porém, o FMI alertou para o crescimento da dívida em quase 300% o valor do produto interno bruto chinês, o que eleva o risco no médio prazo, classificado como crescente e “perigoso”. O governo chinês já realiza medidas para conter o crescimento da dívida e para mudar a produção interna. Para o FMI, as reformas do governo chinês chegam no momento certo, uma vez que há a necessidade de garantir a estabilidade no médio prazo e evitar o risco de que a atual trajetória tenha um ajuste acentuado. Ainda para a organização internacional, a China deve priorizar, no futuro, a qualidade e a sustentabilidade da produção, e não a quantidade.

Encontro do Nafta começa com futuro incerto

Representantes de Estados Unidos, México e Canadá iniciaram nesta quarta-feira as renegociações do Acordo de Livre Comércio (Nafta). Novas regras trabalhistas e normas ambientais são exemplos de alterações que podem ser aprovadas. As conversas serão duras, já que o presidente Donald Trump declarou querer mais liberdade para os Estados Unidos e ter pouco interesse em permanecer no acordo. A indústria automobilística americana, por exemplo, afirmou não concordar com a série de restrições de conteúdo estabelecidos para a circulação nos três países-membros. Outros produtores dos Estados Unidos, porém, querem mais regras para os produtos que circulam nesse mercado, temendo a entrada dos produtos chineses.

Alemanha “pronta” para reeleição de Merkel

O crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) da Alemanha criou um cenário favorável para a reeleição da chanceler Angela Merkel. Divulgado ontem, com o maior crescimento no segundo trimestre da zona do euro, a Alemanha terá eleições gerais no próximo mês, e já tem uma maioria confortável para vitória do partido conservador de Merkel. O crescimento acentuado tem como principais motivos a política de juros baixos, e o programa de compra de bônus do Banco Central Europeu, que fomentam a demanda doméstica no pais. Além disso, o nível recorde de emprego e o aumento dos salários agradam a população, que também convivem com um grande crescimento da construção civil. Cenário bem favorável para a chanceler.

Trump isolado

O presidente americano Donald Trump anunciou nesta terça-feira, pelo Twitter, que estava dissolvendo tanto o Conselho Industrial quanto o Fórum de Política e Estratégia, os dois principais fóruns criados por ele para aproximar os empresários do governo. Segundo Trump, essa alternativa é preferível a submeter os empresários e executivos à intensa pressão dos últimos dias. O motivo do fim foram as declarações de Trump sobre os confrontos em Charlottesville, cidade que foi alvo de manifestações nazistas no fim de semana. A dissolução dos conselhos é, de acordo com a imprensa americana, o maior retrocesso de um presidente que afirmou reiteradamente que usaria seu conhecimento do mercado para impulsionar o crescimento do país.

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