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Qual o papel de Dilma, a ex?

A ex-presidente Dilma Rousseff marcou para hoje sua saída definitiva do Palácio da Alvorada, que foi sua casa nos últimos cinco anos e nove meses. Ela deve levar o que resta de sua mudança para Porto Alegre e passará parte da semana na cidade, mas deve fixar residência em Ipanema, no Rio de Janeiro. Ao contrário […]

DILMA ROUSSEFF: ela deve deixar hoje o Alvorada, e participará de campanhas municipais nas próximas semanas / Ueslei Marcelino / Reuters (Ueslei Marcelino/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 6 de setembro de 2016 às 06h30.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h43.

A ex-presidente Dilma Rousseff marcou para hoje sua saída definitiva do Palácio da Alvorada, que foi sua casa nos últimos cinco anos e nove meses. Ela deve levar o que resta de sua mudança para Porto Alegre e passará parte da semana na cidade, mas deve fixar residência em Ipanema, no Rio de Janeiro. Ao contrário dos prognósticos pré-impeachment, ela não deve ficar reclusa em casa.

Mas qual seu papel daqui para frente? A ex-presidente ainda possui um papel importante na narrativa do seu partido e da esquerda. Sua defesa no Senado, e o discurso duro que fez logo ao sair do poder, fizeram com que Dilma ganhasse uma sobrevida política – pelo menos na visão de aliados.

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Ela chegou a ter a maior reprovação da história de um presidente, com 71%, mas saiu do posto com 63%, e apenas 13% de aprovação (Fernando Collor deixou o Planalto com 9%). Ainda assim, está sendo convidas para comícios. Deve comparecer a um evento da candidata Alice Portugal, do PCdoB, em Salvador, na sexta. Para palestras, já foram mais de dez convites.

“Ela é uma peça da narrativa do PT e da esquerda. O partido precisa dela para defender a tese de golpe e ela precisa do partido para salvar sua biografia”, diz Lucas de Aragão, analista político da Arko Advice. “Mas é pouco provável que sua voz seja ouvida além de alguns nichos da esquerda”. Segundo pesquisa do Ibope divulgada ontem, ACM Neto, do DEM, lidera a corrida em Salvador com 68% das intenções de voto. Alice Portugal tem 10%. É improvável que Dilma tenha alguma força para sequer reduzir essa diferença.

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