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PSDB concorre a quatro governos estaduais e aposta em vitória no RS e em PE

Embora nenhum dos candidatos do PSDB tenha terminado o primeiro turno na liderança, o partido está na frente nas pesquisas de intenção de voto no Rio Grande do Sul e em Pernambuco

Governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB) (Bloomberg / Colaborador/Getty Images)
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Alessandra Azevedo

Publicado em 30 de outubro de 2022 às 07h00.

As pesquisas de intenção de voto mais recentes mostram que a situação não está definida nesses estados. Embora nenhum dos candidatos do PSDB tenha terminado o primeiro turno na liderança, o partido, segundo os levantamentos, agora tem vantagem no Rio Grande do Sul e em Pernambuco.

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Depois da pior votação da história, em 2022, os tucanos esperam minimizar o prejuízo, garantindo pelo menos algum governo estadual. No Legislativo, o partido perdeu dezenas de cadeiras nos últimos anos (veja abaixo). Neste ano, o PSDB não teve candidato à Presidência da República pela primeira vez desde a redemocratização.

Agora, a maior aposta dos tucanos é na vitória de Eduardo Leite, no Rio Grande do Sul. Ele aparece com 56% dos votos válidos na pesquisa Ipec divulgada na sexta-feira, 28. O adversário, Onyx Lorenzoni (PL), tem 44%. No primeiro turno, Leite teve 26,81% e ficou atrás de Onyx, que conseguiu 37,5%.

Para os votos válidos, são desconsiderados brancos, nulos e as pessoas que dizem que não sabem. É desta forma que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) faz a contagem oficial da eleição.

Embora o PSDB esteja na liderança também com Raquel Lyra, em Pernambuco, a diferença é menor no estado nordestino. A candidata tucana tem 54% dos votos válidos, enquanto Marília Arraes (Solidariedade) aparece com 46%, na pesquisa Ipec divulgada no sábado, 29. No primeiro turno, Raquel teve 20,58% dos votos válidos, e Marília, 23,97%.

O cenário na Paraíba, com Pedro Cunha Lima, e no Mato Grosso do Sul, com Eduardo Riedel, é de empate técnico, dentro da margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Pesquisa Ipec divulgada no sábado mostra Riedel com 53% dos votos válidos. O adversário, Capitão Contar (PRTB), tem 47%. No primeiro turno, eles terminaram com uma diferença pequena: Contar teve 26,71%, e Riedel, 25,16%.

Na Paraíba, João Azevêdo (PSB) tem 53% e Pedro Cunha Lima (PSDB), 47%, de acordo com a pesquisa Ipec. No primeiro turno, Cunha Lima teve 23,9% dos votos válidos, e João, 39,65%.

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Do ponto de vista dos governos estaduais, o cenário mais otimista para o PSDB é se, neste ano, houver uma estagnação em relação às eleições passadas, o que só vai acontecer se todos os nomes do partido vencerem no dia 30.A legenda elegeu quatro governadores em 2018 e cinco em 2014. Nas eleições de 2010, garantiu o comando de oito estados.

Os tucanos nunca tiveram um resultado tão ruim como o deste ano nas eleições para o Congresso Nacional. A bancada na Câmara dos Deputados, que já vinha em trajetória de queda, foi reduzida a menos da metade da atual (veja abaixo). A sigla não elegeu nenhum novo senador em 2022. Restam os quatro eleitos em 2018, que têm mandatos até 2026.


As perdas também são vistas nas Assembleias Legislativas. Depois de ter eleito 97 deputados estaduais e distritais em 2014, o número caiu para 73, em 2018, e para 54, em 2022. Não haverá nenhum tucano na Câmara Legislativa do Distrito Federal a partir de 2023, por exemplo.

O declínio do partido, apesar de ter ficado mais evidente no último dia 2 de outubro, não começou em 2022. A situação piorou neste ano, mas o desgaste já era observado pelo menos desde as eleições de 2018 e se agravou em 2020, quando a legenda perdeu dezenas de prefeituras e de cadeiras nas Câmaras Municipais (veja abaixo).

Os resultados das urnas nos últimos anos mostram que o PSDB “tem perdido o lugar tradicional de principal partido de direita, porque o eleitorado está migrando para a extrema-direita”, considera Jonas Nobile, sócio sênior da Radar Governamental, consultoria especializada em relações governamentais.

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