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Protesto contra falta d’'água em Itu acaba em vandalismo

Dezenas de jovens saíram às ruas, fecharam avenidas e atearam fogo em lixo e placas de políticos


	Itu: cerca de 400 pessoas participaram dos protestos
 (Divulgação/ Prefeitura de Itu)

Itu: cerca de 400 pessoas participaram dos protestos (Divulgação/ Prefeitura de Itu)

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Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2014 às 11h02.

São Paulo - Em mais um protesto contra a falta de água, manifestantes promoveram nesta segunda-feira, 29, atos de vandalismo pela cidade de Itu. Foi o terceiro em uma semana. Depois de se reunirem com cerca de 400 pessoas na frente da Prefeitura, dezenas de jovens saíram às ruas, fecharam avenidas, atearam fogo em lixo e placas de políticos, reviraram caçambas e depredaram placas de trânsito.

Dois rapazes foram presos e seis bombas caseiras foram apreendidas. Ao contrário das duas vezes anteriores, não houve confronto entre manifestantes e PMs, que acompanharam a manifestação de longe.

O protesto começou às 16 horas na frente da prefeitura, cujos funcionários foram liberados mais cedo, enquanto cerca de 70 guardas municipais e 15 policiais militares faziam um cordão para evitar a invasão do prédio.

Antes do protesto, representantes dos manifestantes, Guarda Municipal e PM se reuniram para tomar medidas que pudessem evitar o confronto. Os PMs permaneceram de longe, alguns filmando a ação dos manifestantes.

Cerca de 400 pessoas participaram dos protestos, que teve até um caixão de madeira para simbolizar a morte do município por falta de água. Horas depois, cerca de 100 jovens, segundo a PM, saíram pelas ruas praticando atos de vandalismo. Eles foram até a frente da casa do prefeito Antônio Tuíze (PSD).

Depois, interditaram a Avenida Ermelindo Mafei, revirando uma caçamba de entulho no meio da via e atearam fogo em lixo e objetos que encontravam pela frente. O grupo também ocupou a Avenida Otaviano Mendes, sentando no meio da via.

Emergência

A população de 50 mil habitantes convive com um racionamento há oito meses e pede que o município decrete estado de emergência ou calamidade, com o que não concorda o prefeito. Tuíze não estava na cidade. Seus assessores disseram que ele estava em viagem a São Paulo.

O secretário de Segurança, Marco Antônio Augusto, porta-voz do Comitê da Gestão da Água, criado na semana passada para gerenciar a crise, recebeu um grupo de manifestantes.

Depois de tentar amenizar a situação, dizendo que a chuva do fim de semana já ajudou a melhorar a pressão da água para alguns bairros, Augusto descartou atender ao pedido dos moradores. "Ainda não cabe essa solicitação", disse.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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