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PF prende líder foragido da máfia italiana no Recife

A comparação das impressões digitais possibilitou que a Interpol identificasse Scotti, que usava uma identidade falsa e se apresentava como empresário


	Em 1991, o criminoso foi condenado à prisão perpétua na Itália por porte ilegal de arma de fogo, resistência, extorsão e mais de 20 homicídios
 (Wikimedia Commons)

Em 1991, o criminoso foi condenado à prisão perpétua na Itália por porte ilegal de arma de fogo, resistência, extorsão e mais de 20 homicídios (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 26 de maio de 2015 às 15h35.

São Paulo/Roma - Em ação conjunta com a Interpol, a Polícia Federal (PF) prendeu nesta terça-feira, no Recife, um líder da máfia italiana que estava foragido há 24 anos.

Pasquele Scotti, um dos fugitivos mais procurados da lista da Interpol, fugiu do país em 1986. Cinco anos mais tarde, em 1991, foi condenado à prisão perpétua na Itália por porte ilegal de arma de fogo, resistência, extorsão e mais de 20 homicídios.

Segundo o comunicado da PF, os crimes pelos quais o italiano é acusado foram cometidos entre 1980 e 1983, quando os "integrantes da máfia usavam armas de fogo, intimidação e ameaças".

A comparação das impressões digitais possibilitou que a Interpol identificasse Scotti, que usava uma identidade falsa e se apresentava como empresário. Além disso, o mafioso tinha registro fiscal e título de eleitor "obtidos ilegalmente", disse a PF.

O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a ordem de prisão de Scotti menos de 24 depois do pedido formal da Interpol. Agora, as autoridades italianas darão início ao processo de extradição.

O ministro do Interior da Itália, Angelino Alfano, comemorou a prisão do mafioso no Brasil e defendeu uma maior colaboração entre os países para construir uma "rede de legalidade".

"Trata-se de um golpe extraordinário graças à polícia italiana e à colaboração das forças de segurança brasileiras, que resultou na prisão de um fugitivo de mais de 30 anos", explicou em comunicado.

"É um chefe histórico da 'Nuova Camorra Organizatta' (clã da máfia napolitana) e que está entre os mais procurados da lista dos mais perigosos", acrescentou Alfano.

"Reforçar os vínculos de colaboração na investigação entre países aumenta a possibilidade de vitória", ressaltou o ministro. 

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