Brasil

PF prende 47 CACs entre acusados de homicídio, roubo e tráfico

Os policiais cumprem mandados de preventiva, temporária e definitiva contra colecionadores, atiradores e caçadores (CACs) que não fizeram o recadastramento de suas armas

A Operação Day After é nacional, ou seja, acontece simultaneamente em vários estados (Niall Carson/Getty Images)

A Operação Day After é nacional, ou seja, acontece simultaneamente em vários estados (Niall Carson/Getty Images)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 4 de maio de 2023 às 16h20.

Última atualização em 4 de maio de 2023 às 16h28.

A Polícia Federal (PF) faz nesta quinta-feira, 4, uma megaoperação contra o porte ilegal de armas de fogo.

Os policiais cumprem mandados de preventiva, temporária e definitiva contra colecionadores, atiradores e caçadores (CACs) que não fizeram o recadastramento de suas armas, além de pessoas que não têm autorização para ter armamentos.

47 investigados e a origem de suas armas

Balanço divulgado no início da tarde indicou que 47 investigados foram presos, entre acusados de homicídio (nove), roubo (cinco), furto (três), tráfico de drogas (quatro), corrupção (um), crime ambiental (um), organização criminosa (um), violência doméstica (um), estelionato (um), constrangimento ilegal (um) e extorsão mediante sequestro (um).

A Operação Day After é nacional, ou seja, acontece simultaneamente em vários estados. A ofensiva segue em andamento.

A PF também cumpre ordens de prisão em aberto, sobretudo por dívidas de pensão alimentícia. Quem tem mandados de prisão pendentes não pode ter porte de arma. Esses registros devem ser cancelados.

"Uma vez que a existência de mandado de prisão quebra o requisito da idoneidade para obtenção do porte de arma de fogo, estão sendo adotadas medidas de apreensão cautelar de armamentos e documentos encontrados, para posterior processo de cassação de porte ou registro de arma de fogo, por parte da PF, além de comunicação ao Exército Brasileiro, para cassação das autorizações concedidas aos CACs", informou a Polícia Federal.

Governo Lula diante dos CACs

Em janeiro, o governo Lula deu 60 dias para a atualização cadastral das armas. A decisão foi concentrar todos os registros no Sistema Nacional de Armas, inclusive dos CACs, que eram controlados pelo Exército. A iniciativa faz parte de uma política do governo para tentar ter mais controle sobre as armas nas mãos de civis.

O prazo terminou na terça. O balanço final divulgado pela PF aponta que 939.154 armas foram recadastradas. Há, no entanto, 6.168 armas de uso restrito que não foram registradas no prazo.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou mais cedo que a apreensão das armas ilegais será uma linha de trabalho permanente da PF.

"Hoje a Polícia Federal está cumprindo mandados de prisão contra CACs (caçadores, atiradores e colecionadores) que não preenchem requisitos legais de idoneidade para ter armas de fogo. Estas também estão sendo apreendidas. Será uma linha permanente de trabalho da PF", publicou nas redes sociais.

Acompanhe tudo sobre:Polícia FederalCACArmas

Mais de Brasil

Entenda o que é indiciamento, como o feito contra Bolsonaro e aliados

Moraes decide manter delação de Mauro Cid após depoimento no STF

Imprensa internacional repercute indiciamento de Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe

Após indiciamento, Bolsonaro critica atuação de Moraes: 'Faz tudo o que não diz a lei'