Weverton Rocha (PDT-MA): senador é relator da indicação de Jorge Messias ao STF (Luis Macedo/Câmara dos Deputados/Divulgação)
Repórter
Publicado em 18 de dezembro de 2025 às 08h07.
O senador Weverton Rocha (PDT-MA) é um dos alvos da nova fase da Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira, 18.
A investigação apura um esquema nacional de descontos associativos irregulares aplicados sobre aposentadorias e pensões pagas pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Vice-líder do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Senado, Weverton relata pautas de peso na Casa, como a indicação de Jorge Messias ao Supremo Tribunal Federal e a revisão da Lei do Impeachment.
A operação é realizada em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU). Nesta etapa, a PF cumpre 52 mandados de busca e apreensão, 16 mandados de prisão preventiva e outras medidas cautelares em São Paulo, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Minas Gerais, Maranhão e no Distrito Federal.
Segundo a Polícia Federal, as ações têm como objetivo aprofundar as apurações e esclarecer a prática de crimes como inserção de dados falsos em sistemas oficiais, constituição de organização criminosa, estelionato previdenciário, além de atos de ocultação e dilapidação patrimonial.
A Operação Sem Desconto investiga um grupo suspeito de inserir informações falsas nos sistemas do INSS para permitir descontos indevidos nos benefícios previdenciários. De acordo com a PF, os valores eram cobrados como contribuições associativas sem autorização dos aposentados e pensionistas, caracterizando fraude em larga escala.
Em novembro, a operação levou à prisão do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto. A investigação apontou que ele atuou para liberar descontos em massa em favor da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag). Stefanutto havia sido afastado do cargo em abril, após outra fase da operação, e acabou exonerado pelo presidente Lula.
Em setembro, a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS pediu a prisão preventiva de 21 investigados, entre eles Stefanutto. Ele assumiu a presidência do INSS em julho de 2023, é procurador federal de carreira da Procuradoria-Geral Federal (PGF) e servidor público desde 2000. Ao longo da carreira, atuou no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), foi técnico da Receita Federal e ocupou o cargo de diretor de Finanças e Logística do INSS.