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Pesquisa para presidente: Lula lidera com 41% em MG; Bolsonaro tem 35%

Para a pesquisa EXAME/IDEIA, foram ouvidas 1.000 pessoas do estado de Minas Gerais entre os dias 1º e 6 de julho

Bolsonaro e Lula: presidente venceu em 2018 em Minas, e agora petista tem vantagem. (Alan Santos/Ricardo Stuckert/Flickr)
GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 7 de julho de 2022 às 00h18.

Última atualização em 7 de julho de 2022 às 00h21.

Nas últimas eleições presidenciais, o postulante ao Palácio do Planalto que venceu em Minas Gerais, saiu também vitorioso nacionalmente. Se em 2018, o presidente Jair Bolsonaro (PL) venceu entre os mineiros, a situação pode não se repetir em 2022. De acordo com a pesquisa eleitoral EXAME/IDEIA, divulgada nesta quinta-feira, 7, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera em Minas Gerais, com 41%, e Bolsonaro tem 35%, no primeiro turno.

Logo depois dos dois está Ciro Gomes, com 7%, Simone Tebet (MDB), com 3%, e André Janones (Avante), com 2%. Os demais nomes pontuaram 1%, ou ficaram abaixo disso. Brancos e nulos somam 5%, mesmo valor dos que ainda não sabem. Todos os números são de uma pergunta estimulada, em que o eleitor precisa indicar um nome em uma pré-lista.

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Para a pesquisa, foram ouvidas 1.000 pessoas do estado de Minas Gerais entre os dias 1º e 6 de julho. As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para celulares. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-00040/2022. O registro original foi feito no dia 1º de julho. A EXAME/IDEIA é um projeto que une EXAME e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública. Leia o relatório completo.

-(Arte/Exame)

Em uma pergunta espontânea, em que o eleitor precisa dizer o primeiro nome que lembra, Lula tem 33%, e Bolsonaro, 25%. Todos os outros nomes somados pontuam 5%. Os que não sabem são 20%.

-(Arte/Exame)

Cila Schulman, vice-presidente do instituto de pesquisa IDEIA, destaca que Minas Gerais sempre foi o chamado pêndulo da eleição nacional. E não é só a posição estratégica que é importante do ponto de vista eleitoral, os números também são significativos. De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral de 2020, Minas Gerais é o segundo maior colégio eleitoral do país, com 16 milhões de eleitores, só atrás de São Paulo, que tem 33 milhões.

“O estado de Minas Gerais é considerado um estado síntese do Brasil, onde convivem alguns dos maiores índices de pobreza, analfabetismo e mortalidade infantil do país - nas regiões Norte e Vale do Jequitinhonha e Mucuri -, versus os menores índices nestes indicadores socioeconômicos, em regiões ricas como Triângulo e Central”, explica.

EXAME/IDEIA ainda fez uma simulação de segundo turno entre Lula e Bolsonaro. O ex-presidente tem 50%, e o atual ocupante do Palácio do Planalto aparece com 44%.

-(Arte/Exame)

Nos números nacionais de primeiro turno, o petista tem 45% das intenções de voto, e Bolsonaro aparece com 36%. Ciro Gomes tem 7%, e Simone Tebet, 3%. Os números são da pesquisa eleitoral EXAME/IDEIA que foi divulgada no fim de junho, sob registro número BR-02845-2022. Para a sondagem em todo o Brasil, foram ouvidas 1.500 pessoas entre os dias 17 e 22 de junho.

Governo de MG: Luzema

Se o cenário nacional indica a preferência dos mineiros por Lula, a disputa ao governo coloca o atual governador, Romeu Zema (Novo), na liderança. O pré-candidato à reeleição deve contar com o apoio do presidente Bolsonaro, sendo assim, Minas Gerais pode eleger nomes com orientações diferentes para Presidência e ao Palácio Tiradentes.

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Na sondagem ao governo, Zema tem 46%, e o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), aparece com 25%. Atrás deles estão Marcus Pestana (PSDB), com 6%, Carlos Viana (PL), com 5%, e Lorene Figueiredo (PSOL), com 2%. Os demais nomes pontuaram 1% cada. Brancos e nulos somam 5%, e os que não sabem são 8%.

A pesquisa estadual tem a mesma amostra da nacional, mas com registro no TSE sob número MG-08645/2022.

“Vinte anos depois do fenômeno Lulécio, quando os eleitores de Minas votaram na improvável dobradinha Lula (PT) para presidente e Aécio Neves (PSDB) para governador - fórmula repetida na reeleição de ambos, em 2006 - o estado pode agora protagonizar o voto batizado de Lulema ou Luzema. 37% dos eleitores de Lula consideram o governo Zema como bom e ótimo e 36% deles declaram votar no atual governador, mesmo que ele tenha sido eleito em 2018 alinhado ao presidente Bolsonaro”, explica Cila Schulman.

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