Bolsonaro e Lula: o atual presidente, candidato pelo PL, cresceu dois pontos na pesquisa BTG/FSB desde a semana passada (Alan Santos/Ricardo Stuckert/Flickr)
Carolina Riveira
Publicado em 22 de agosto de 2022 às 09h39.
Última atualização em 29 de agosto de 2022 às 08h50.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) cresceu dentro da margem de erro e reduziu de 11 para 9 pontos a vantagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida presidencial, segundo nova rodada da pesquisa eleitoral BTG/FSB.
Na sondagem para o primeiro turno:
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O presidente teve um crescimento de dois pontos desde a pesquisa do mesmo instituto na semana passada.
A pesquisa é do Instituto FSB, encomendada pelo banco BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME). O Instituto FSB ouviu, por telefone, 2.000 pessoas entre os dias 19 e 21 de agosto. A pesquisa está registrada no TSE sob o número BR-00244/2022.
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Na pergunta espontânea, isto é, quando os próprios entrevistados tiveram de apontar um nome escolhido, Bolsonaro também cresceu dois pontos, e Lula se manteve estável.
A vantagem do petista é de 7 pontos:
No segundo turno, as intenções de voto são:
Ao contrário dos votos para o primeiro turno, na sondagem de segundo turno, o cenário ficou estagnado, e ambos os candidatos tiveram variação de um ponto. Por esse cenário, Lula venceria com 13 pontos de vantagem.
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A melhora de Bolsonaro veio sobretudo da fatia de eleitores que recebem Auxílio Brasil, que subiu neste mês de R$ 400 para R$ 600, uma das apostas do presidente na eleição.
Bolsonaro atingiu 31% das intenções de voto entre esse público. Mas o ex-presidente Lula ainda lidera com folga entre os beneficiários, com 52% das intenções de voto.
O presidente também se beneficiou de uma percepção mais positiva sobre a inflação.
"O preço dos combustíveis voltou a cair esta semana. O preço da gasolina já é o menor desde março. A percepção de redução de preços para o eleitor explica muito da redução do pessimismo com a inflação nos últimos meses e também ajuda Bolsonaro a subir nas pesquisas", disse em nota junto à pesquisa André Jácomo, diretor do Instituto FSB Pesquisa.
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A pesquisa aponta que sete em cada dez brasileiros percebem o preço dos combustíveis como menores em relação a um mês atrás. Quatro em cada dez respondentes atribuem ao governo federal a responsabilidade pela redução dos combustíveis (41%), número que se manteve em relação a pesquisas anteriores. Outros 20% que responderam que a responsável é a Petrobras e só 10%, o Congresso.
Além disso, a parte do eleitorado que espera novos aumentos de preços e a parte que espera redução de preços ficou empatada pela primeira vez, segundo a FSB. Ambos os grupos são fatia equivalente a 35%. O dado é importante porque há um marcador claro de voto entre esses dois grupos: os que esperam que haverá mais altas de preços votam sobretudo em Lula (56% a 19%), enquanto os otimistas escolhem Bolsonaro (50% a 36%).
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