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4 em cada 10 brasileiros apontam Bolsonaro como responsável por queda nos combustíveis

Governo federal é visto como principal responsável pela queda nos preços por 38% dos brasileiros, segundo pesquisa BTG/FSB

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Bolsonaro: presidente é visto como principal responsável pela redução no preço dos combustíveis (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Bolsonaro: presidente é visto como principal responsável pela redução no preço dos combustíveis (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Carolina Riveira

Publicado em 15 de agosto de 2022, 14h49.

Última atualização em 15 de agosto de 2022, 14h56.

Para quatro em cada dez brasileiros (38%), o governo federal é o principal responsável pelo barateamento no preço dos combustíveis visto nas últimas semanas, segundo nova pesquisa divulgada nesta segunda-feira, 15, pelo Instituto FSB e encomendada pelo banco BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME).

Muito atrás vêm a Petrobras (21% acham que a petroleira é a principal responsável pelo barateamento) e governos estaduais (12%).

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Mesmo eleitores de Lula dão parcialmente a Bolsonaro (na figura do governo federal) o crédito pela redução dos combustíveis.

Quase um terço (27%) dos que dizem votar em Lula atribuem ao governo federal a redução, mesma fatia (28%) dos que atribuem a queda à Petrobras.

VEJA TAMBÉM: Pesquisa eleitoral: Lula sobe 4 pontos e tem 45% contra 34% de Bolsonaro, diz BTG/FSB

Os efeitos dessa percepção, no entanto, não impediram o presidente Jair Bolsonaro de ficar estagnado em intenção de voto na última semana.

Apesar da visão de que Bolsonaro foi o principal responsável pela redução nos preços de combustíveis, o ex-presidente Lula cresceu quatro pontos desde a última pesquisa do mesmo instituto, divulgada na semana passada. Lula chegou a 45% dos votos no primeiro turno e Bolsonaro seguiu com o mesmo percentual, de 34%.

Limite de crescimento?

A leitura, segundo apontam analistas da FSB na pesquisa, é de que Bolsonaro pode ter chegado a um teto momentâneo de capitalização dos efeitos da redução do preço dos combustíveis.

"O presidente Jair Bolsonaro parece que já realizou ao máximo o retorno eleitoral da medida de redução do preço dos combustíveis. A estabilidade dos seus números eleitorais e do reconhecimento da assinatura do Governo Federal pelo anúncio são os principais indicativos disso", diz em nota na sondagem André Jácomo, diretor do Instituto FSB Pesquisa.

A visão majoritária entre os entrevistados é de que os combustíveis estão mesmo mais baratos - uma notícia positiva para a campanha de Bolsonaro. Para dois terços (64%), os preços dos combustíveis estão um pouco ou muito menores quando comparados há um mês.

VEJA TAMBÉM: Petrobras anuncia redução no preço da gasolina em R$ 0,18, a 3ª em um mês

A percepção vai em linha com os números oficiais. A gasolina teve queda de 15% em julho no IPCA, índice inflacionário medido pelo IBGE, o que ajudou o Brasil a ter deflação no mês (-0,68%).

Além do momento de queda do preço do barril de petróleo no mercado internacional, os preços, em especial da gasolina, caíram devido aos cortes no ICMS (estadual) e tributos federais.

VEJA TAMBÉM: Gasolina cai 15%, leite sobe 25%: veja as maiores altas e baixas de preço em julho

Os combustíveis mais baratos ajudaram a imagem de Bolsonaro sobretudo entre a classe média. A avaliação do governo Bolsonaro como ótimo/bom na fatia de eleitores com renda superior a cinco salários mínimos é a maior entre todas as faixas de renda, em 48%. Em comparação, 22% dos entrevistados cuja renda é de até um salário mínimo o avaliam como ótimo/bom.

No aguardo do efeito do Auxílio Brasil

Caso as próximas pesquisas mostrem que os combustíveis de fato já forneceram a Bolsonaro todo o capital eleitoral possível, uma nova aposta é em relação ao Auxílio Brasil, aumentado de R$ 400 para R$ 600.

O foco, neste caso, são os mais pobres, grupo em que Bolsonaro ainda tem maior rejeição.

Os primeiros pagamentos do novo valor ocorreram somente na semana passada, e os analistas da FSB apontam que os efeitos devem aparecer sobretudo nas próximas pesquisas. Enquanto isso não acontece, Lula vence com folga entre aqueles que recebem o auxílio, com mais de 60% dos votos nesse grupo, de acordo com cruzamento feito pelos pesquisadores.

VEJA TAMBÉM: Plano de governo Bolsonaro: veja o que diz sobre desemprego e impostos

A pesquisa BTG/FSB teve uma amostra de 2.000 entrevistas de 12 a 14 de agosto e está registrada no TSE com o número BR-00603/2022. A margem de erro é de 2 pontos percentuais e intervalo de confiança de 95%.

Lula cresce em pesquisa eleitoral

Ao todo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a 45% da intenção de voto no primeiro turno, contra 34% do presidente Jair Bolsonaro (PL), na nova rodada da pesquisa BTG/FSB. Os números dizem respeito ao cenário estimulado, quando os pesquisadores apresentam ao eleitor nomes de candidatos.

VEJA TAMBÉM: Pesquisa para presidente: 58% dos eleitores de Ciro dizem que podem mudar de voto até outubro

Na mesma sondagem Ciro Gomes (PDT) tem 8% e Simone Tebet (MDB), 2%. Os demais candidatos não pontuaram. Brancos e nulos somam 1%, indecisos, 2%, e os que não escolheram nenhum candidato somam 5%.

No segundo turno:

  • Lula lidera nas intenções de voto com 53% (contra 51% na última pesquisa);
  • Bolsonaro tem 38% (39% na última pesquisa).

VEJA TAMBÉM: De R$ 197 a R$ 24 milhões: o patrimônio declarado dos candidatos a presidente da República

Na pergunta espontânea, isto é, quando os próprios entrevistados tiveram de apontar um nome escolhido, Lula também cresceu três pontos:

  • Lula teve 41% das intenções de voto na espontânea (contra 38% na última pesquisa);
  • Bolsonaro teve 32% (31% na última pesquisa).

Ciro Gomes teve 3% e Simone Tebet, 1%. Os demais, somados, tiveram 1%. Não escolheram um candidato o total de 5% e brancos/nulos somaram 4%. Não sabem ou não responderam somaram 13%.

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