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ONU critica medidas tomadas em penitenciária de Pedrinhas

Méndez também mostrou preocupação com a superlotação, as condições sanitárias, a disponibilidade de alimentos e os serviços de saúde na prisão

Penitenciária de Pedrinhas: "As celas foram projetadas para oito presos, mas são ocupadas por 20" (Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de março de 2016 às 14h03.

Genebra - O relator especial da ONU sobre tortura, Juan Méndez, criticou nesta quarta-feira as medidas implementadas pelo governo do Brasil para acalmar a tensão na penitenciária de Pedrinhas, no Maranhão , uma das mais violentas do país.

Apesar de Méndez ter reconhecido que as autoridades brasileiras tiveram sucesso diminuindo a tensão por meio da separação dos detentos, ele também afirmou que outras medidas impostas são "muito negativas" e podem gerar futuros motins.

"Os agentes usam armas pesadas, e acredito que é uma má prática levar este tipo de arma para dentro dos sistemas penitenciários porque não só põem em risco os detentos como também os agentes. Pode ocorrer que algum preso desesperado tente pegar uma delas", afirmou o relator em entrevista coletiva em Genebra, na Suíça.

Méndez também mostrou preocupação com a superlotação, as condições sanitárias, a disponibilidade de alimentos e os serviços de saúde no complexo penitenciário.

"As celas foram projetadas para oito presos, mas são ocupadas por 20. Além disso, eles passam muito tempo dentro delas, cerca de 23 horas", afirmou.

Pedrinhas foi protagonista de uma crise carcerária entre 2013 e 2014, período no qual em vários casos foram assassinados mais de 60 detentos, alguns deles decapitados por outros presos.

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Genebra - O relator especial da ONU sobre tortura, Juan Méndez, criticou nesta quarta-feira as medidas implementadas pelo governo do Brasil para acalmar a tensão na penitenciária de Pedrinhas, no Maranhão , uma das mais violentas do país.

Apesar de Méndez ter reconhecido que as autoridades brasileiras tiveram sucesso diminuindo a tensão por meio da separação dos detentos, ele também afirmou que outras medidas impostas são "muito negativas" e podem gerar futuros motins.

"Os agentes usam armas pesadas, e acredito que é uma má prática levar este tipo de arma para dentro dos sistemas penitenciários porque não só põem em risco os detentos como também os agentes. Pode ocorrer que algum preso desesperado tente pegar uma delas", afirmou o relator em entrevista coletiva em Genebra, na Suíça.

Méndez também mostrou preocupação com a superlotação, as condições sanitárias, a disponibilidade de alimentos e os serviços de saúde no complexo penitenciário.

"As celas foram projetadas para oito presos, mas são ocupadas por 20. Além disso, eles passam muito tempo dentro delas, cerca de 23 horas", afirmou.

Pedrinhas foi protagonista de uma crise carcerária entre 2013 e 2014, período no qual em vários casos foram assassinados mais de 60 detentos, alguns deles decapitados por outros presos.

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