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O primeiro dia do feriadão da Câmara

ÀS SETE - O presidente da casa, Rodrigo Maia, não marcou sessões por 10 dias, fazendo com que os parlamentares se apresentem somente na terça-feira que vem

CÂMARA: apesar da intensa pauta de assuntos a se resolver, os deputados só voltam a Brasília na terça-feira da semana que vem  / Reuters

CÂMARA: apesar da intensa pauta de assuntos a se resolver, os deputados só voltam a Brasília na terça-feira da semana que vem / Reuters

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Da Redação

Publicado em 13 de novembro de 2017 às 06h53.

Última atualização em 13 de novembro de 2017 às 07h43.

Nem mesmo a urgência da reforma da Previdência sensibilizou os deputados federais a aparecer em Brasília. A semana, conforme decreto do presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ) será de folga na Câmara dos Deputados. O democrata não marcou sessões por 10 dias, fazendo com que os parlamentares se apresentem somente na terça-feira da semana que vem.

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O vazio em Brasília acontece apenas duas semanas depois do feriado de Finados, no último dia 2, uma quinta-feira, que abreviou a semana parlamentar.

O enorme recesso se deve ao feriado de Proclamação da República no dia 15 de novembro, próxima quarta-feira. Há oito medidas provisórias próximas de perder a validade, no dia 28.

A Previdência, que está longe de se resolver, terá pouco mais de um mês para ser apreciada até o fim de ano legislativo. A equipe econômica não abre mão de que a proposta passe pela Câmara ainda neste ano, temendo um engavetamento da proposta por conta do ano eleitoral.

Também devem encontrar um Congresso vazio as mudanças que o governo deve fazer na reforma trabalhista, conforme noticiou na sexta-feira o portal G1.

Em paralelo – e fora da pauta da Câmara –, a ausência dos deputados deve atrasar a reforma ministerial. Sem os parlamentares por perto, perdem ritmo os debates e barganhas por cargos que podem azeitar o caminho do novo texto de regras das aposentadorias. Hoje, o governo e seus líderes assumem que faltam votos para alcançar os 308 necessários para aprovar a Proposta de Emenda à Constituição.

Em troca de mobilização da base, partidos menores estão ansiosos por cargos, prometidos desde a primeira denúncia contra o presidente. O governo precisa agradar os aliados, mas pisa em ovos para não afugentar o PSDB que, dividido, ainda é o maior partido da base aliada do governo.

Para um Congresso que legisla de costas para a população, deixar os assuntos urgentes para depois não chega a ser surpresa.

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