Dilma Rousseff: apenas 13% da população apoia a gestão da petista (Ueslei Marcelino / Reuters)
Valéria Bretas
Publicado em 3 de maio de 2016 às 06h00.
São Paulo – Em 2010, a economista Dilma Rousseff - apresentada como "mãe do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)" - sacramentou um momento histórico na política brasileira. Por 55 milhões de votos, a mineira foi eleita a primeira mulher presidente da República.
Seria difícil prever, porém, que meses depois de sua reeleição em 2014, quando mais de 54 milhões de brasileiros consagraram a ela mais uma vitória, Dilma registraria uma reprovação superior a do ex-presidente Fernando Collor de Mello, destituído do cargo em 1992.
Segundo o Datafolha, em agosto de 2015, 71% dos brasileiros consideravam a gestão da petista como ruim ou péssima. Já Collor, em setembro de 1992, tinha a reprovação de 68% dos eleitores.
A série histórica da pesquisa Datafolha revela a discrepância da opinião dos brasileiros que elegeram Dilma em 2010 de quem hoje clama pelo fim de seu mandato.
Em 2011, quando acumulava apenas três meses de governo, a petista conquistou a melhor avaliação de um presidente em início de mandato - em março daquele ano, 47% dos brasileiros aprovavam a gestão de Dilma Rousseff.
De lá para cá, a queda foi dura. No mês passado, apenas 13% classificou a gestão da petista como ótima ou boa.
Veja, no gráfico, as mudanças do Brasil que elegeu Dilma do Brasil que quer o impeachment.