( Menahem KAHANA/AFP)
Repórter
Publicado em 24 de outubro de 2023 às 06h00.
Última atualização em 24 de outubro de 2023 às 07h14.
Nesta terça-feira, 24, acontece uma nova reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) para debater a situação do Oriente Médio com a guerra entre Israel e Hamas. O novo encontro acontece após o veto dos Estados Unidos para resolução proposta pelo Brasil sobre o conflito.
Segundo informações da CNN, o novo texto, redigido pelos Estados Unidos, reafirma o direito de autodefesa individual ou coletiva inerente a todos os Estados, conforme consta no Artigo 51 da Carda da ONU.
O Ministério das Relações brasileiro, que presidente provisoriamente o grupo, teve o papel de equalizar o documento, citando a necessidade de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, para que ele seja aprovado por todos os países.
A proposta sugerida pelo Brasil recebeu 12 votos a favor de um total de 15 membros, incluindo dois permanentes. O único voto contrário veio dos EUA -- Reino Unido e Rússia se abstiveram. O Conselho de Segurança não se posiciona sobre assuntos que envolvam a situação no Oriente Médio desde 2016.
O veto teria ocorrido pela falta de termos sobre o “direito de autodefesa” de Israel contra o Hamas, segundo disse Linda Thomas-Greenfield, embaixadora americana nas Nações Unidas.
O Hamas lançou a "Operação Al-Aqsa Flood" para, segundo alega, defender a mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, palco de tensões entre palestinos e israelenses.
A Faixa de Gaza é um região palestina localizada ao leste do território israelense, a oeste pelo Mediterrâneo e ao sul pelo Egito. Mais de dois milhões de palestinos vivem na região, com quase 6.000 habitantes por km² — uma das densidades populacionais mais altas do mundo.
O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) não reconhece o Hamas como um grupo terrorista. Países como Estados Unidos, Reino Unido, Japão, Austrália e nações da União Europeia apontam que o Hamas é uma organização terrorista.
Ismail Haniyeh lidera o Hamas desde 2017 e reside em Doha, Catar, desde 2020 devido às restrições de saída e entrada em Gaza, que enfrenta bloqueios em suas fronteiras tanto com Israel quanto com o Egito.
Na sua Carta de Princípios de 1988, o Hamas declarou que a Palestina é uma terra islâmica e não reconhece a existência do Estado de Israel.