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Banco suíço bloqueia R$ 9,6 milhões de Cunha, dizem jornais

O banco Julius Baer bloqueou cerca de 9,6 milhões de reais das contas do presidente da Câmara dos Deputados

Eduardo Cunha (PMDB-RJ) (Ueslei Marcelino/Reuters)

Eduardo Cunha (PMDB-RJ) (Ueslei Marcelino/Reuters)

Valéria Bretas

Valéria Bretas

Publicado em 15 de outubro de 2015 às 17h24.

São Paulo – O banco suíço Julius Baer comunicou às autoridades da Suíça que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, e sua família, são beneficiários de contas secretas que somam 2,4 milhões de francos suíços - ou o equivalente a 9,6 milhões de reais na cotação de hoje.

Desde abril desde ano, o banco suspeitava que a origem do dinheiro fosse ilícita. O bloqueio foi confirmado pelo Ministério Público da Suíça. 

Segundo informações dos jornais Folha de S. Paulo e O Globo, foram entregues às autoridades extratos bancários e a documentação completa da abertura das contas (que inclui comprovantes de endereços e formulários assinados). 

O peemedebista, que foi denunciado pela Procuradoria Geral da República por lavagem de dinheiro e corrupção, informou via assessoria de imprensa na semana passada que reitera seu depoimento prestado durante à CPI da Petrobras. Na ocasião, ele afirmou que não possui contas no exterior. 

"Não tenho qualquer tipo de conta em qualquer lugar que não seja a conta declarada no meu Imposto de Renda", afirmou Cunha. 

O peemedebista é suspeito de ter recebido, ao menos, 5 milhões de dólares de pagamentos em propina no esquema de corrupção da Petrobras, segundo denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República ao Supremo Tribunal Federal (STF) em agosto. 

Ontem, ao menos 29 deputados de 7 partidos entraram com um pedido de cassação de Eduardo Cunha

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