No Rio Grande do Norte, acabou a greve, mas não os problemas
ÀS SETE - Crise no funcionalismo no estado continua e não há previsão de que outras categorias recebam na mesma data
Da Redação
Publicado em 11 de janeiro de 2018 às 06h29.
Última atualização em 11 de janeiro de 2018 às 07h36.
O governo do Rio Grande do Norte conseguiu chegar a um acordo com associações de classe de policiais civis, militares e bombeiros para colocar fim à greve do setor de segurança pública, que aumentou os índices de violência e fez passar de 100 o número de mortos no estado no início de 2018.
Até o início da semana, a gestão de Robinson Faria (PSD) devia os salários de novembro, dezembro e 13º salário dos agentes. Pagou o primeiro mês e prometeu quitar os próximos na sexta-feira 12.
Às Sete – um guia rápido para começar seu dia
Leia também estas outras notícias da seçãoÀs Setee comece o dia bem informado:
Curtas – uma seleção do mais importante no Brasil e no mundo
O impasse em torno da posse de Cristiane Brasil continua
Inflação nos países desenvolvidos acelera; ruim para o Brasil
Na Alemanha, governo de Merkel procura qualquer coalizão
A crise no funcionalismo, contudo, continua. Não há previsão de que outras categorias recebam na mesma data. O governo continua alegando falta de recursos para pagamentos de dezembro e 13º.
Por isso, o governo convocou para esta quinta-feira uma sessão extraordinária para enviar pacote de 18 projetos de lei à Assembleia Legislativa do estado para manejar o orçamento a fim de destinar recursos para a folha de pagamento.
Por enquanto, a posição oficial é que pretende-se “divulgar as datas o mais breve possível”.
O extenso pacote conta com alterações no regime de Previdência do estado, pede autorização para renegociação de empréstimos e de dívidas com fornecedores, congelamento de reajustes salariais do funcionalismo, proposta que autoriza a compensação de duodécimos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público, do Tribunal de Contas e da Defensoria Pública, entre outros.
São medidas muito semelhantes às demandas pelo governo federal para adesão no plano de recuperação fiscal dos estados.
O único estado que já aderiu a um plano semelhante foi o Rio de Janeiro, mas Minas Gerais e Rio Grande do Sul também estão nesse caminho.
Goiás é mais um dos estados em crise, que enfrenta problemas de verbas no setor de segurança, como mostra o rompante de crise penitenciária que afetou o estado no início do ano.
No caso do Rio Grande do Norte, o conjunto de medidas tem nome sugestivo: “RN Urgente”.
A quinta-feira vai mostrar se os deputados estaduais consideram a situação de fato tem que ser resolvida o quanto antes.