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MP quer que inquérito do cartel de trens fique em SP

A Justiça vai decidir agora se o inquérito aberto pela Polícia Federal vai para Brasília ou se fica em São Paulo


	Ministério público da União: o argumento do pedido de transferência para Brasília é que dos autos constam referências a autoridades com foro privilegiado perante os tribunais superiores
 (Divulgação/Divulgação)

Ministério público da União: o argumento do pedido de transferência para Brasília é que dos autos constam referências a autoridades com foro privilegiado perante os tribunais superiores (Divulgação/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2013 às 08h29.

São Paulo - O Ministério Público Federal não quer que o inquérito criminal sobre o cartel de trens seja transferido para Brasília. Em manifestação à Justiça Federal, a Procuradoria da República argumentou que a investigação deve permanecer no âmbito da Polícia Federal em São Paulo.

A Justiça vai decidir agora o destino do inquérito aberto pela Polícia Federal para rastrear suposto conluio entre multinacionais do setor metroferroviário e pagamento de propinas para agentes públicos e políticos.

O pedido de deslocamento do inquérito para Brasília foi apresentado na quinta-feira pelo delegado Milton Fornazari Júnior, da Delegacia de Combate a Ilícitos Financeiros, braço da PF.

O argumento central do pedido é que dos autos constam referências a autoridades com foro privilegiado perante os tribunais superiores, inclusive parlamentares.

A citação aos políticos foi feita inicialmente em relatório produzido pelo ex-diretor de transportes da Siemens, Everton Rheinheimer. Em outubro, ele fez delação premiada na PF, na qual afirma ter provas de corrupção.

A PF já indiciou por corrupção o ex-diretor de Operações e Manutenção da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) João Roberto Zaniboni. Ele ocupou o cargo entre 1999 e 2003 (governos Mário Covas e Geraldo Alckmin).

Documentos enviados pelo Ministério Público da Suíça revelam que Zaniboni recebeu US$ 836 mil em uma conta no Credit Suisse de Zurique - os procuradores de Genebra sustentam que parte desse valor é fruto de corrupção. O criminalista Luiz Fernando Pacheco, defensor de Zaniboni, disse que ele recebeu dinheiro por consultoria prestada antes de assumir o cargo na estatal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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