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Ministro admite que governo pode alterar a reforma da Previdência

Ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira disse que essas novas mudanças teriam caráter pragmático, para possibilitar a aprovação no Congresso

Dyogo Oliveira, sobre a reforma: "pode haver alterações adicionais que viabilizem os votos" (Ueslei Marcelino/Reuters)

Dyogo Oliveira, sobre a reforma: "pode haver alterações adicionais que viabilizem os votos" (Ueslei Marcelino/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 30 de janeiro de 2018 às 14h21.

O ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo Oliveira, admitiu hoje (30) a possibilidade de novas alterações na proposta da reforma da Previdência defendida pelo governo, desde que essas mudanças não modifiquem os pontos principais do projeto.

O ministro disse que essas novas mudanças teriam caráter pragmático, para possibilitar a aprovação no Congresso.

"O processo, daqui para frente, é muito pragmático, de conseguir votos. Pode haver alterações adicionais que viabilizem os votos", disse, acrescentando que "o princípio da reforma em si tem que ser preservado".

Dyogo Oliveira defendeu a votação da proposta em fevereiro, conforme já acertado com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.

"Acho que retardar a discussão dificulta ainda mais. Depois da eleição já se tem um governo novo eleito, transição. Acho que o momento é agora".

Para o ministro, após as mudanças feitas na primeira proposta da reforma, a pressão contra a aprovação está focada em grupos que não querem ter suas regras equiparadas à do trabalhador do setor privado.

"A grande resistência que existe sobre a reforma é por enfrentar esses problemas [de desigualdade]. Muitos parlamentares são ligados a essas categorias que têm tratamento mais diferenciado. E é isso que a gente está enfrentando".

O ministro disse que o governo tinha chegado à estimativa de 270 votos favoráveis à reforma na semana passada, e precisa de mais 50 para ter segurança na votação.

Sobre a possibilidade de a proposta não ser aprovada, ele disse que um plano B só será discutido depois de uma possível derrota da proposta no Congresso.

As declarações do ministro foram dadas no debate E agora, Brasil?, organizado pelo jornal O Globo.

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