Lula tem mais 3 viagens para o exterior e chegará a 15 visitas fora do País
A primeira agenda do mês ocorre já nesta terça-feira, 4, com a participação do presidente na 62ª Cúpula do Mercosul e Países Associados, em Puerto Iguazú
Agência de notícias
Publicado em 1 de julho de 2023 às 16h29.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem mantido uma agenda intensa no exterior. Em apenas seis meses de governo, já visitou 12 países em sete viagens diferentes e ficou 31 dias fora do Brasil. E esse número vai crescer em julho - Lula já tem viagens marcadas para Argentina, Colômbia e, provavelmente, Bélgica.
A primeira agenda do mês ocorre já nesta terça-feira, 4, com a participação do presidente na 62ª Cúpula do Mercosul e Países Associados, em Puerto Iguazú, na Argentina. No evento, Lula vai receber a presidência temporária do Mercosul e deve ocupar o cargo por seis meses. A posição é de relevância internacional e espera-se trabalho do presidente na conclusão do acordo entre o grupo latino-americano e a União Europeia.
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Poucos dias depois, no sábado, 8, Lula deve estar em Letícia, cidade colombiana que faz fronteira com Tabatinga, município brasileiro no Amazonas, para um fórum de debates científicos sobre a Amazônia. O presidente garantiu a presença no evento durante uma reunião bilateral com Gustavo Petro, presidente da Colômbia, em maio. Petro e Lula devem voltar a se reunir durante o fórum.
Em 17 de julho, a viagem é para o outro lado do Atlântico. A União Europeia e a Comunidade dos Estados da América Latina e do Caribe (Celac) farão uma cúpula conjunta em Bruxelas, na Bélgica. Segundo nota divulgada pela UE, o objetivo é fortalecer "a associação birregional da UE e dos países da Celac em prioridades compartilhadas como as transições digital e verde, a luta contra as mudanças climáticas e a perda de biodiversidade, saúde, segurança alimentar, migração, segurança, governança e a luta contra o crime transnacional". Lula deve marcar presença como liderança latino-americana.
Atuação internacional
Se as três agendas se cumprirem, Lula completará suas primeiras dez viagens ao exterior nos primeiros sete meses de mandato. Assim, ele terá feito 15 visitas a 14 países diferentes (são duas visitas à Argentina) entre janeiro e julho de 2023. Tudo isso, sem contabilizar a ida a Portugal e Egito que ocorreram depois das eleições, mas antes de ele tomar posse como presidente.
A primeira agenda internacional de Lula em seu terceiro mandato ocorreu ainda em janeiro, com roteiro latino-americano. Lula passou três dias entre Argentina e Uruguai. Na Argentina, formalizou o retorno do Brasil à Celac depois dos quatro anos de afastamento durante o governo Jair Bolsonaro.
Em fevereiro, Lula visitou os Estados Unidos, com três dias de agenda com líderes da esquerda e com o presidente Joe Biden. Segundo notas dos dois países, as principais pautas com o chefe de Estado americano foram defesa da democracia, crise climática e guerra na Ucrânia.
Na primeira metade de abril, Lula passou seis dias entre a China e os Emirados Árabes. Na China, o presidente assinou 15 acordos que envolvem cooperação, comunicação e comércio internacional. Outros 20 acordos comerciais foram assinados entre empresas e entes públicos dos dois países. Nos Emirados Árabes, o presidente também firmou acordos, além de discutir meio ambiente - os Emirados Árabes serão sede da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023, a COP-28.
Nessa viagem, Lula também questionou a posição do dólar como moeda internacional e chegou a responsabilizar os Estados Unidos e a Europa pela continuidade da guerra na Ucrânia. Ainda em abril, o presidente passou seis dias entre Portugal e Espanha, onde encontrou líderes e empresários dos países. Em Portugal, ainda participou da Cimeira Brasil-Portugal e da entrega do Prêmio Camões a Chico Buarque.
No início de maio, Lula foi ao Reino Unido para a coroação do rei Charles III. A viagem durou dois dias. Na sequência, também em maio, foi ao Japão em uma viagem de seis dias para participar como convidado da cúpula do G-7, em Hiroshima.
Na viagem mais recente, o presidente voltou à Europa, ficando cinco dias entre Itália, Vaticano e França. Na passagem, visitou líderes dos países, encontrou-se com o papa Francisco e participou de um evento do G-20 em Paris.