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Lula minimiza Congresso conservador e diz que vai 'conversar com todos'

Ele também afirmou que, se eleito, sua prioridade máxima será, além de combater a fome e gerar emprego, renegociar dívidas

Luiz Inácio Lula da Silva: presidente do Brasil. (Gustavo Minas/Bloomberg/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de outubro de 2022 às 13h47.

Última atualização em 13 de outubro de 2022 às 13h47.

O candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, minimizou nesta quinta-feira, 13, a composição do Congresso Nacional a partir de 2023, que será predominantemente conservador e de direita. Ele disse que, se eleito, conversará com todos os deputados independentemente do partido.

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"Quando eu for conversar com deputados vou conversar independentemente do partido que ele pertence, com respeito a votação que ele teve. Um cara de direita, o voto dele não é inferior a um cara de esquerda", afirmou aos jornalistas durante sua visita a Aracaju (SE).

Sem mencionar o Orçamento Secreto - mecanismo utilizado pelo Executivo para angariar apoio no Congresso -, o qual faz reiteradas críticas, Lula voltou a dizer que, se eleito, pretende colocar em prática o chamado "orçamento participativo". Segundo ele, esse aparato servirá para melhorar a relação do governo com a sociedade e destinar recursos em projetos considerados prioridades pela população.

"Agora fica mais fácil [o orçamento participativo] porque o mundo digital permite que faça isso (...) A gente vai elaborar o orçamento e depois a gente vai mostrar, antes de apresentar ao Congresso, ver com que através da internet, quem quiser dar palpite no orçamento, dê. E a gente vai incluir de acordo com as necessidades das pessoas, a obra que as pessoas quer que faça (SIC), onde vai investir dinheiro", explicou.

"Vamos tentar fazer como força de você melhorar a relação do governo com a sociedade, de você permitir que a sociedade realmente participe do governo e diga quais são as obras prioritárias na cabeça dela. Se a gente fizer isso, a gente vai conversar [com os deputados] e eu gosto de conversar", emendou.

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Dívidas no varejo

Lula também afirmou que, se eleito, sua prioridade máxima será, além de combater a fome e gerar emprego, renegociar dívidas. Ele disse que abrirá diálogo com o varejo e com o sistema financeiro para propor acordos à população endividada.

"Temos que negociar uma parte das dívidas que as pessoas têm com o varejo, com a Magalu, Casas Bahia, Americanas. Chamar os empresários para propor uma negociação para tirar as pessoas endividadas do Serasa", afirmou o ex-presidente aos jornalistas durante sua passagem por Aracaju. A proposta de renegociação de dívidas tem sido amplamente difundida pela campanha, inclusive nos horários eleitorais de TV e rádio.

Lula disse ainda que precisará discutir com o sistema financeiro mecanismos e condições favoráveis aos endividados. "Os bancos, além da taxa de juros ser escorchante, quando você vai de uma dívida no banco, você pegou R$ 100, quando você vai ver tem uma quantidade de penduricalho que triplica sua dívida e você não consegue sair mais", disse o ex-presidente. Ele afirmou que negociará com a Febraban possibilidades de acordos.

Ele disse ainda que, se eleito, terá como prioridade a criação de linhas de crédito mais baratas. "Como o crédito consignado no meu tempo. Não sei se vocês foram pedir dinheiro na Caixa Econômica ou no Banco do Brasil, mas era 1,7% ao mês, o que já é muito caro (...) Agora os outros bancos que vocês sabem cobravam 8, 9% ao mês", disse, reforçando que o Estado tem, justamente, o papel de "ser indutor de facilitar a vida das pessoas".

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