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Líder do PMDB nega mal-estar por orçamento impositivo

O deputado ainda completou que "não vi a presidente expressar esse desconforto"


	Câmara dos Deputados: PEC foi aprovada na noite passada por comissão especial da Câmara
 (Gabriela Korossy/Câmara dos Deputados)

Câmara dos Deputados: PEC foi aprovada na noite passada por comissão especial da Câmara (Gabriela Korossy/Câmara dos Deputados)

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Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2013 às 15h38.

Brasília - O líder do PMDB na Câmara, deputado federal Eduardo Cunha (RJ), disse que "ninguém enfiou a faca em ninguém", ao comentar a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que obriga o Executivo a pagar todas as emendas parlamentares previstas no ano.

A PEC foi aprovada na noite passada por comissão especial da Câmara.

Cunha se reuniu na manhã desta quarta-feira com o vice-presidente da República, Michel Temer, e as ministras da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti. Segundo ele, não foi discutido o orçamento impositivo e sim a questão dos royalties.

Questionado se o orçamento impositivo não significaria "enfiar a faca na garganta" da presidente Dilma Rousseff, Cunha respondeu: "Ninguém enfiou faca em ninguém, isso é uma decisão de Parlamento, a qual o Parlamento vai liberar os recursos que ele já aprova numa lei orçamentária e nem o governo colocou faca em ninguém".

Ele reforçou que "isso é um assunto de Parlamento, aliás, a presidenta não tocou (nesse assunto) na reunião de segunda-feira, nenhum ministro me procurou para pedir qualquer coisa com relação a isso". O deputado ainda completou que "não vi a presidente expressar esse desconforto".

O texto da PEC está pronto para ser submetido ao plenário. Depois de votação em dois turnos, terá de ser encaminhado para o Senado. Parlamentares argumentam que o anúncio feito na semana passada, de liberação de R$ 6 bilhões em emendas parlamentares até o fim do ano para acalmar a base, mostra como as emendas estariam sendo usadas para "chantagem".

"Não vejo nesse orçamento impositivo nada que atrapalhe o Orçamento, que atrapalhe o governo, é bom para o país, é bom para o Parlamento, faz com que o Parlamento possa ficar livre da pecha de, cada vez que é liberada uma emenda, o Parlamento está sendo comprado", disse Cunha.

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