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Geddel e seu bunker de 51 milhões chegam ao STF nesta terça-feira

ÀS SETE - A Corte julga caso do apartamento em Salvador, atribuído ao ex-ministro da Secretaria de Governo, onde foi aprerendido o montante em dinheiro vivo

Geddel: o ex-ministro foi preso em setembro, logo após a apreensão do dinheiro no imóvel (Ueslei Marcelino/Reuters)

Geddel: o ex-ministro foi preso em setembro, logo após a apreensão do dinheiro no imóvel (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2018 às 06h11.

Última atualização em 8 de maio de 2018 às 07h17.

Será uma terça-feira difícil para a família Vieira Lima. A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal julga hoje a denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima (MDB-BA), o deputado federal Lúcio Vieira Lima (MDB-BA) e a mãe da dupla, Marluce Vieira Lima. Os três são acusados de lavagem de dinheiro e associação criminosa.

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O caso em questão é o do apartamento em Salvador, atribuído a Geddel, onde foi encontrado pela Polícia Federal o montante de 51 milhões de reais em dinheiro vivo. O ex-ministro foi preso em setembro, logo após a apreensão do dinheiro no imóvel.

Os investigadores suspeitam que parte dos valores seriam referentes à propina no esquema montado pelo MDB na Caixa Econômica Federal. Geddel foi vice-presidente de pessoa jurídica do banco, responsável pela liberação de empréstimos.

Segundo a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, os membros da família utilizam os recursos para aplicações no mercado imobiliário baiano por meio do Grupo Cosbat, de forma a lavar o dinheiro obtido ilicitamente.

Na denúncia, Dodge descreve o uso de mais de 12 milhões de reais em cotas de participação em empreendimentos, obtidas por empresas ligadas aos Vieira Lima.

Além da família, o empresário Luiz Fernando Machado da Costa Filho e os ex-secretários parlamentares Job Ribeiro Brandão e Gustavo Pedreira do Couto Ferraz também constam na denúncia. Além do bunker de Salvador, Lúcio Vieira Lima é acusado de se apropriar de 80% dos salários de dois assessores parlamentares.

“Todos os crimes antecedentes acima estão provados por documentos, confissões extrajudiciais, autos de apreensão, relatórios de polícia judiciária, perícias”, diz Dodge na denúncia.

Até agora, a melhor estratégia da defesa foi dizer que não há delito comprovado nos autos. Manter 51 milhões de reais em casa, afinal, não é crime. Mas explicar de onde veio o dinheiro, ninguém fez.

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