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Exposição Queermuseu abre no Rio com protestos do MBL e da Liga Cristã

Exposição abre depois de ficar apenas 26 dias em cartaz em Porto Alegre (RS) no ano passado e de ser censurada pelo prefeito carioca, Marcelo Crivela

Queermuseu: Exposição em Porto Alegre foi fechada após protestos nas redes sociais (Santander Cultural/Divulgação)

Queermuseu: Exposição em Porto Alegre foi fechada após protestos nas redes sociais (Santander Cultural/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de agosto de 2018 às 14h52.

Rio - Cerca de 40 manifestantes de movimentos como Brasil Livre (MBL), Liga Cristã e Templários da Pátria protestam no início da tarde deste sábado (18), no Parque Lage, no Rio de Janeiro, contra a exposição Queermuseu: Cartografias da Diferença na Arte Brasileira. A exposição abre hoje (18), na cidade, depois de ficar apenas 26 dias em cartaz em Porto Alegre (RS) no ano passado, por ser censurada pelo prefeito carioca, Marcelo Crivela e de mobilizar a classe artística do município em torno de uma iniciativa de financiamento coletivo.

Apesar dos manifestantes, não houve reforço na segurança do local. De acordo com o comando do 23° BPM (Leblon),policiais estão na área realizando patrulhamento. A assessoria da PM não informou o tamanho do efetivo. A segurança dentro do Parque Lage é privada. De acordo com a organização do evento, são cerca de 20 homens.

O publicitário Marlom Aymes, do grupo Templários da Pátria, disse estar no Parque Lage para proteger os manifestantes conservadores. Segundo ele, o grupo foi criado há cerca de quatro meses para cuidar da segurança dos manifestantes, "contra os ataques da esquerda nas manifestações".

"Não estamos contra as pautas LGBT, mas contra algumas obras da exposição que incentivam a pedofilia, pregam o vilipêndio religioso", declarou. "O Templário é um grupo de segurança. não podemos pregar a violência, mas se houver, precisamos nos defender", disse.

A candidata a deputada estadual pelo Psol, Carol Quintana, discutiu com vários manifestantes, mas disse não temer violência. "Tem muita mídia. Eles estão contidos e controlados. Mas não podemosser silenciados por esse tipo de manifestação" disse.

O diretor da Escola de Artes Visuais (EAV), Fábio Szwarcwald, afirmou que as manifestação já eram esperadas e,dentro dos limites da liberdade de expressão fazem parte da democracia. Segundo ele, além dos seguranças do Parque Lage, a exposição conta com uma equipe de segurança privada extra e câmeras de segurança.

O diretor da EAV informou ainda que estão recorrendo contra a proibição de ingresso de menores de 14 anos mesmo acompanhados pelos pais. Segundo ele, essa não era a orientação do Ministério Público. C

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