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Executivo da Camargo Corrêa chega em casa de tornozeleira

Após 130 dias preso, o vice-presidente da empreiteira voltou para sua casa em São Paulo usando uma tornozeleira eletrônica

Agentes da Polícia Federal em frente ao prédio da Camargo Correa durante a sétima fase da Operação Lava Jato, em São Paulo (Nacho Doce/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de março de 2015 às 19h47.

Curitiba e São Paulo - Depois de 130 dias atrás das grades, o vice-presidente da Camargo Corrêa , Eduardo Leite, deixou nesta terça feira, 24, a Custódia da Polícia Federal em Curitiba (PR), base da Operação Lava Jato , e viajou para São Paulo, onde reside.

Ele vai ficar no mínimo um ano em prisão domiciliar, sob monitoramento, usando uma tornozeleira eletrônica.

É o primeiro empreiteiro que deixa a Custódia da PF. Outros executivos de gigantes da construção continuam presos.

Leite, réu em ação penal da Lava Jato por corrupção e lavagem de dinheiro, fez delação premiada e contou detalhes do esquema de cartel e propinas no âmbito da Petrobrás. Ele apontou o tesoureiro do PT João Vaccari Neto como beneficiário de pagamentos ilícitos.

O vice da Camargo Corrêa foi preso no dia 14 de novembro pela Operação Juízo Final, sétima etapa da Lava Jato. Em fevereiro ele se dispôs a fazer delação premiada para se livrar da carceragem da PF.

O acordo prevê que Eduardo Leite pode até sair de casa, mas num raio máximo de 50 metros. Ele terá de comparecer a todos os atos processuais para depor, sempre que intimado.

O vice presidente da Camargo Corrêa declarou à força tarefa da Operação Lava Jato que o tesoureiro do PT o procurou "por volta de 2010" e pediu R$ 10 milhões. O relato de Eduardo Leite foi tomado no âmbito da delação premiada que ele firmou com os procuradores da República e os delegados da Polícia Federal que conduzem a grande investigação sobre cartel e fraudes na Petrobras.

O executivo da empreiteira afirmou que, naquele ano, Vaccari lhe disse que "tinha conhecimento, por meio da Área de Serviços da Petrobras, que a Camargo Corrêa estava atrasada no pagamento das propinas relativas a contratos (com a Petrobras".

O Ministério Público Federal manifestou-se favorável à concessão da prisão domiciliar para Eduardo Leite, diante da extensão da delação que fez.

O advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, que defende Eduardo Leite, disse que o empreiteiro "está muito abatido". Experiente criminalista, Mariz de Oliveira é contra a delação premiada. "Não sou a favor da delação, mas entendo que ela era a única saída para a liberdade (de Eduardo Leite). Não me refiro especificamente às ordens de prisão decretadas pelo juiz Sérgio Moro (que conduz as ações da Lava Jato). Mas a delação poderá se tornar porta de entrada e porta de saída das prisões", alerta Mariz de Oliveira. "Prende-se para delatar e delata-se para sair da cadeia."

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Curitiba e São Paulo - Depois de 130 dias atrás das grades, o vice-presidente da Camargo Corrêa , Eduardo Leite, deixou nesta terça feira, 24, a Custódia da Polícia Federal em Curitiba (PR), base da Operação Lava Jato , e viajou para São Paulo, onde reside.

Ele vai ficar no mínimo um ano em prisão domiciliar, sob monitoramento, usando uma tornozeleira eletrônica.

É o primeiro empreiteiro que deixa a Custódia da PF. Outros executivos de gigantes da construção continuam presos.

Leite, réu em ação penal da Lava Jato por corrupção e lavagem de dinheiro, fez delação premiada e contou detalhes do esquema de cartel e propinas no âmbito da Petrobrás. Ele apontou o tesoureiro do PT João Vaccari Neto como beneficiário de pagamentos ilícitos.

O vice da Camargo Corrêa foi preso no dia 14 de novembro pela Operação Juízo Final, sétima etapa da Lava Jato. Em fevereiro ele se dispôs a fazer delação premiada para se livrar da carceragem da PF.

O acordo prevê que Eduardo Leite pode até sair de casa, mas num raio máximo de 50 metros. Ele terá de comparecer a todos os atos processuais para depor, sempre que intimado.

O vice presidente da Camargo Corrêa declarou à força tarefa da Operação Lava Jato que o tesoureiro do PT o procurou "por volta de 2010" e pediu R$ 10 milhões. O relato de Eduardo Leite foi tomado no âmbito da delação premiada que ele firmou com os procuradores da República e os delegados da Polícia Federal que conduzem a grande investigação sobre cartel e fraudes na Petrobras.

O executivo da empreiteira afirmou que, naquele ano, Vaccari lhe disse que "tinha conhecimento, por meio da Área de Serviços da Petrobras, que a Camargo Corrêa estava atrasada no pagamento das propinas relativas a contratos (com a Petrobras".

O Ministério Público Federal manifestou-se favorável à concessão da prisão domiciliar para Eduardo Leite, diante da extensão da delação que fez.

O advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, que defende Eduardo Leite, disse que o empreiteiro "está muito abatido". Experiente criminalista, Mariz de Oliveira é contra a delação premiada. "Não sou a favor da delação, mas entendo que ela era a única saída para a liberdade (de Eduardo Leite). Não me refiro especificamente às ordens de prisão decretadas pelo juiz Sérgio Moro (que conduz as ações da Lava Jato). Mas a delação poderá se tornar porta de entrada e porta de saída das prisões", alerta Mariz de Oliveira. "Prende-se para delatar e delata-se para sair da cadeia."

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