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Eunício Oliveira será relator do projeto de terrorismo

Tema é centro das atenções no Senado, especialmente porque, dependendo do conteúdo, poderá praticamente impedir existência de qualquer manifestação popular

Eunício Oliveira: a opção feita por Renan Calheiros ao indicar Eunício não foi a toa (Antônio Cruz/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de fevereiro de 2014 às 14h43.

Brasilia - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), escolheu nesta terça-feira, 11, o líder da bancada do seu partido, Eunício Oliveira (CE), como relator do projeto que tipificará os crimes de terrorismo no Brasil.

O tema, hoje, é o centro de todas as atenções no Senado, especialmente porque, dependendo do seu conteúdo, poderá praticamente impedir a existência de qualquer manifestação popular sob pena da tipificação como ato de terror.

O relatório do senador deverá ser apresentado em duas semanas, se tudo correr bem.

O interesse pelo projeto cresceu imensamente na casa depois do assassinato do cinegrafista da Band Santiago Andrade, morto depois de ser atingido por um rojão quando trabalhava na cobertura de um protesto no Rio, contra o aumento das passagens de ônibus.

A opção feita por Renan ao indicar Eunício não foi a toa. O senador é pré-candidato ao governo do Ceará, contra a vontade do governo federal que prefere vê-lo apoiando o nome que for indicado pelo governador do Ceará, Cid Gomes (Pros), hoje o principal aliado da presidente Dilma Rousseff no estado.

Eunício só aceita se alinhar com Cid, se ele apoiar sua candidatura. Cid. Quer lançar outro candidato, ainda a ser definido, que seja muito mais ligado ao seu grupo político, o que não é o caso de Eunício.

Assim, ao indicar Eunício para a relatoria do projeto do terrorismo, Renan garante generosa exposição para O colega na mídia, fortalecendo o seu palanque no Estado e deixando o governo e o Pros numa saia justa para acomodarem a situação.

Enquanto isso, o Planalto segue cozinhando o PMDB em banho Maria sem resolver a participação do partido na reforma ministerial. Enquanto espera, o PMDB faz o de sempre: dá seus trocos políticos dentro do Congresso.

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O relatório do senador deverá ser apresentado em duas semanas, se tudo correr bem.

O interesse pelo projeto cresceu imensamente na casa depois do assassinato do cinegrafista da Band Santiago Andrade, morto depois de ser atingido por um rojão quando trabalhava na cobertura de um protesto no Rio, contra o aumento das passagens de ônibus.

A opção feita por Renan ao indicar Eunício não foi a toa. O senador é pré-candidato ao governo do Ceará, contra a vontade do governo federal que prefere vê-lo apoiando o nome que for indicado pelo governador do Ceará, Cid Gomes (Pros), hoje o principal aliado da presidente Dilma Rousseff no estado.

Eunício só aceita se alinhar com Cid, se ele apoiar sua candidatura. Cid. Quer lançar outro candidato, ainda a ser definido, que seja muito mais ligado ao seu grupo político, o que não é o caso de Eunício.

Assim, ao indicar Eunício para a relatoria do projeto do terrorismo, Renan garante generosa exposição para O colega na mídia, fortalecendo o seu palanque no Estado e deixando o governo e o Pros numa saia justa para acomodarem a situação.

Enquanto isso, o Planalto segue cozinhando o PMDB em banho Maria sem resolver a participação do partido na reforma ministerial. Enquanto espera, o PMDB faz o de sempre: dá seus trocos políticos dentro do Congresso.

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