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EUA espionaram Petrobras, Google e diplomacia francesa

Segundo a Rede Globo, governo americano espionou Petrobras, Google, o Ministério das Relações Exteriores da França e o sistema bancário Swift


	O jornalista Glenn Greenwald, que divulgou documentos de espionagem: documentos divulgados não mostram o conteúdo da suposta espionagem
 (Lia de Paula/AFP)

O jornalista Glenn Greenwald, que divulgou documentos de espionagem: documentos divulgados não mostram o conteúdo da suposta espionagem (Lia de Paula/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2013 às 11h04.

Rio de Janeiro - O governo americano espionou a Petrobras, as redes privadas de comunicação da empresa Google, o Ministério das Relações Exteriores da França e o sistema bancário Swift, segundo documentos divulgados pela Rede Globo.

Novos documentos da Agência de Segurança Nacional americana (NSA, em inglês) vazados pelo ex-consultor da inteligência Edward Snowden ao jornalista Glenn Greenwald e divulgados na noite de domingo no programa "Fantástico" da Rede Globo mostram uma apresentação de meados de 2012 destinada a ensinar novos agentes a espionar redes privadas de empresas, governos e instituições financeiras.

Sob o título "Muitos alvos usam redes privadas" aparecem citados a brasileira Petrobras, o provedor de serviços de internet americano Google - no passado apontado como colaborador da NSA -, o ministério das Relações Exteriores francês e a Swift (Sociedade para Telecomunicações Financeiras Interbancárias Globais), que reúne mais de 10.000 bancos de 220 países e analisa envios de dinheiro de um país a outro.


Os nomes de outras empresas e instituições supostamente espionadas foram apagados para não comprometer investigações antiterroristas, segundo a TV Globo.

Os documentos divulgados não mostram o conteúdo da suposta espionagem a estas instituições.

O diretor de inteligência nacional dos Estados Unidos, James Clapper, respondeu às acusações em um comunicado.

"Os Estados Unidos recolhem inteligência estrangeira - da mesma forma que outros governos fazem - para melhorar a segurança de nossos cidadãos e proteger nossos interesses e os de nossos aliados no mundo", afirmou Clapper no domingo.

"O que não fazemos, e dissemos várias vezes, é utilizar nossa capacidade de inteligência estrangeira para roubar segredos comerciais de companhias estrangeiras - ou dar a informação que recolhemos - a companhias americanas para melhorarem sua capacidade competitiva internacional", disse.

A reportagem do "Fantástico" foi realizada em conjunto por Greenwald, jornalista do The Guardian que vive no Brasil, e por jornalistas do programa.

Snowden, foragido da justiça americana, que o acusa de espionagem, está asilado na Rússia.

Há uma semana, a TV Globo denunciou que as comunicações da presidente Dilma Rousseff e de vários de seus assessores foram espionadas por Washington, segundo documentos divulgados por Snowden.

Outros documentos vazados pelo americano e publicados no jornal O Globo em julho afirmaram que uma base de espionagem da NSA funcionou no Brasil ao menos até 2002, e outros países da região também foram espionados, entre eles México, Venezuela, Argentina, Colômbia e Equador.

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