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Encapuzados somem de Sobral após tumulto e comércio reabre

Policiais militares estavam amotinados no 3.º Quartel da Polícia Militar, onde o senador licenciado Cid Gomes (PDT) foi atingido por dois tiros de pistola

Força Nacional: Forças de segurança, incluindo o Exército, patrulhando as ruas de Fortaleza (CE), nesta sexta-feira (21) (Kleber Gonçalves/Estadão Conteúdo)

Força Nacional: Forças de segurança, incluindo o Exército, patrulhando as ruas de Fortaleza (CE), nesta sexta-feira (21) (Kleber Gonçalves/Estadão Conteúdo)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de fevereiro de 2020 às 14h34.

Última atualização em 21 de fevereiro de 2020 às 14h36.

São Paulo — Os policiais militares amotinados no 3.º Quartel da Polícia Militar de Sobral, no Ceará, local onde o senador licenciado Cid Gomes (PDT) foi atingido por dois tiros de pistola na quarta-feira, 19 sumiram da cidade, que teve uma quinta-feira de comércios abertos e patrulhamento policial visível na rua. No município, moradores se questionam se os agentes deixaram Sobral ou se só tiraram as máscaras e voltaram à rotina.

A escavadeira que Cid guiava quando foi atingido passou parte do dia ainda no local do tiroteio, ao redor de fitas de isolamento e em meio a cacos de vidro quebrados e pedras.

Foi retirada apenas no início da noite, levada por peritos, segundo contaram moradores e comerciantes. Dentro do quartel, entretanto, ainda não há quadros regulares de PMs. O prédio está ocupado por agentes do batalhão ambiental da PM e do Raio, um grupo de elite similar à Rota paulista, que não haviam aderido ao motim de quarta.

"Quando o pessoal (dos demais batalhões) chegou, (quinta-feira) de manhã, os caras (amotinados) já tinham ido embora. Foram embora à noite, depois da confusão", conta o aposentado Sebastião Amado, de 73 anos, que mora próximo do quartel. Ele disse que a tensão maior havia sido na quarta de manhã, quando houve o toque de recolher.

Insegurança

O comércio do centro de Sobral havia sido fechado depois que homens, em viaturas da PM, vestindo roupas à paisana e com capuzes ou camisetas nos rostos mandaram os comerciantes baixarem suas portas.

Longe da base policial invadida, os comerciantes ficaram na dúvida sobre fechar ou não as portas na quarta-feira. Mas se queixaram de ainda se sentirem inseguros. "Não teve nada por aqui. Nem toque de recolher, nem viatura abandonada com pneu murcho. Mas a notícia se espalhou, né? Estava todo mundo sabendo.", disse a balconista Laurane Ferreira. "A gente ficou inseguro."

"Eles ficaram o dia todo lá. Será que levaram arma, levaram bala levaram escopeta? Não teve ninguém falando isso. O que ainda pode acontecer?", disse o aposentado Cosme Mendes, de 69 anos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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