O acesso à coleta de lixo chegou a 90,9% da população brasileira no ano passado (Getty Images/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 23 de fevereiro de 2024 às 11h45.
A quantidade de brasileiros atendidos pelo serviço de coleta de lixo cresceu nos últimos 12 anos no país, mas as desigualdades regionais persistem. Em Serrano do Maranhão (MA), só 1% dos moradores tem o lixo coletado. O dado inclui tanto a forma direta, de coleta por serviço de limpeza, ou indireta, quando depositado na caçamba. É o menor percentual dentre todos os 5.570 municípios brasileiros.
Em 455 cidades brasileiras, menos da metade da população era atendida por coleta direta ou indireta de lixo, apontam dados do Censo 2022 divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE. Nesta etapa de divulgação reúne informações sobre saneamento.
As informações de 2022 mostraram uma tendência que já se observava nos recenseamentos anteriores. O acesso à coleta de lixo chegou a 90,9% da população brasileira no ano passado. Em 2010, era 85,8%. No Censo de 2000, só 76,4% da população eram atendidos pela coleta de lixo.
Mas os municípios menores, principalmente aqueles da região Norte ou Nordeste, são os que mais sofrem no país com a ausência de coleta de lixo.
Na análise por unidade da federação, os cinco estados que mais ampliaram em 12 anos a proporção de moradores com coleta de lixo adequado ainda são os que têm a menor proporção de cobertura entre os estados. São eles: Maranhão, Piauí, Acre, Pará e Roraima.
O Maranhão foi o estado que mais expandiu a cobertura da coleta de lixo desde o último Censo, em 2010, com avanço de 16,3 pontos percentuais. Mas ainda é o que amarga o nível mais baixo de cobertura: 69,8%. Isso significa que três em cada dez moradores do estado não tem seu lixo coletado na porta de casa.
Entre as cidades com menos de 5 mil habitantes , 78,9% tinham coleta de lixo na porta de casa. Já nos municípios com 500 mil ou mais habitantes, a proporção de coleta de lixo registrada foi de 98,9%.