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Eike sem delação?; EUA X Alemanha…

Sem delação Apesar dos rumores após a entrevista do empresário Eike Batista à TV Globo, na qual dizia que voltava ao Brasil para “passar a limpo” a história por trás de sua prisão, seu advogado, Fernando Martins, ainda nega que será firmado um acordo de delação premiada. “Não há essa possibilidade”, disse Martins a jornalistas […]

EIKE BATISTA: Ministério Público considera que empresas podem ter recebido benefícios em processos de licenciamento ambiental / Ueslei Marcelino/Reuters

EIKE BATISTA: Ministério Público considera que empresas podem ter recebido benefícios em processos de licenciamento ambiental / Ueslei Marcelino/Reuters

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Da Redação

Publicado em 1 de fevereiro de 2017 às 05h11.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h59.

Sem delação

Apesar dos rumores após a entrevista do empresário Eike Batista à TV Globo, na qual dizia que voltava ao Brasil para “passar a limpo” a história por trás de sua prisão, seu advogado, Fernando Martins, ainda nega que será firmado um acordo de delação premiada. “Não há essa possibilidade”, disse Martins a jornalistas nesta terça-feira. Às 15 horas, o empresário iniciou um depoimento na sede da Polícia Federal no Rio para esclarecer as declarações de dois doleiros à Operação Lava-Jato que o acusam de pagar 16,5 milhões de dólares em propina a Sérgio Cabral. Eike é o principal alvo da Operação Eficiência, que investiga a lavagem de 100 milhões de dólares no exterior, capitaneada pelo ex-governador do Rio.

Operação Vórtex

Em Pernambuco, a PF deflagrou nesta terça-feira um novo braço da Operação Turbulência, que investiga lavagem de dinheiro na empresa que detinha a posse do avião Cessna Citation, prefixo PR-FA, que caiu em 2014 com o ex-governador do estado e candidato à Presidência da República, Eduardo Campos. A Operação Vórtex apura a participação de uma terceira empresa, cujas contas bancárias foram movimentadas no momento da compra da aeronave. A Lidermac teria repassado recursos ao grupo que arrematou a aquisição, assim como contratos com o governo do estado e doações a campanhas de aliados de Campos. Um de seus sócios é Rodrigo Leicht Carneiro Leão, genro do ministro do TCU José Múcio. As atividades financeiras seriam parte de pagamentos de propina, que em todo o esquema movimentaram 600 milhões de reais entre 2010 e 2014.

Inquérito contra Aécio

Segundo o BuzzFeed, a Procuradoria-Geral da República vai abrir novo inquérito para investigar o senador Aécio Neves (PSDB) com base em novas revelações na delação da Odebrecht. A investigação foca valores desviados de obras da Cidade Administrativa, realizadas na gestão de Aécio no governo de Minas. Orçadas em 500 milhões de reais, as obras teriam alcançado um valor final na casa dos 2 bilhões de reais. Pelo contrato, o tucano teria recebido repasses da Odebrecht, da OAS e da Andrade Gutierrez.

Arquivados

O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega e o ex-presidente do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) Otacílio Cartaxo foram poupados de um dos inquéritos da Operação Zelotes. Instaurado em 2015, o inquérito investigava negociações ilícitas da empresa Cimento Penha com advogados do Carf para modificar decisões desfavoráveis ao Grupo. Foram indiciadas sete pessoas, entre elas Victor Sandri, amigo de Mantega e proprietário da Cimento Penha.

Desemprego no máximo

A taxa de desemprego medida pelo IBGE na pesquisa Pnad-Contínua fechou o ano de 2016 com 12,342 milhões de desempregados no trimestre, o pior resultado da série histórica, que teve início em 2012. O número é 36% maior do que o registrado no mesmo trimestre de 2015 e corresponde a 12% da população em idade ativa, índice recorde. O dado é resultado da crise econômica pela qual passa o Brasil que se reflete no mercado de trabalho. Tradicionalmente, os números de emprego são os últimos a apresentar melhora antes de um país sair de uma crise.

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Desembolso no mínimo

O BNDES divulgou nesta terça-feira que os valores desembolsados em financiamentos no ano passado caíram 35% em relação a 2015, para 88,3 bilhões de reais. É o menor valor desde 2007 e a primeira vez que o montante fica abaixo de 100 bilhões de reais desde 2008. As consultas de novos financiamentos também caíram, 11%, na mesma base de comparação. “No ano passado, houve redução da demanda e o BNDES não é uma ilha. Está num contexto de dois ou três anos ruins”, disse Fábio Giambiagi, superintendente do banco.

EUA vs. Alemanha

Peter Navarro, chefe do Conselho de Comércio Exterior de Donald Trump, veio a público nesta terça-feira relembrar quão imprevisível será o governo americano. Navarro acusou a Alemanha de forçar o euro para baixo para prejudicar as exportações dos Estados Unidos. O resultado foi imediato: o índice oficial do dólar, que compara a moeda a uma cesta com outras seis moedas, chegou a cair 0,8%, aos 99,62 pontos. Analistas atrelam a queda à boca grande de Navarro. Mais uma vez, o governo Trump nada contra os fatos: o euro caiu 23% nos últimos três anos e chegou, no fim de 2016, a seu menor patamar desde 2002.

Trump processado

Os estados de Massachusetts e a cidade de São Francisco vão processar o governo do presidente Donald Trump contra a ordem executiva que proíbe cidadãos de sete países muçulmanos de entrar nos Estados Unidos. Os processos alegam que a proibição viola a liberdade religiosa prevista pela Constituição americana. Na noite de segunda-feira, Trump demitiu a procuradora-geral da República, Sally Yates, que se recusou a defender o governo em processos sobre o tema. Yates era remanescente da gestão Obama e estava no cargo até o escolhido de Trump, Jeff Sessions, ser aprovado pelo Senado.

Ameaças à UE

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, classificou Trump como uma “ameaça” à União Europeia, assim como a “política agressiva da Rússia”, a “assertividade da China” e o “radicalismo islâmico”. Às vésperas de um encontro entre os líderes europeus, que discutirão o futuro do bloco na sexta-feira 3, Tusk pediu aos europeus que se unam ou então ficarão “dependentes de superpotências”. Na segunda-feira, Guy Verhofstadt, negociador do Brexit no Parlamento Europeu, também havia classificado Trump como uma ameaça e dito que o americano está trabalhando para acabar com a UE ao incentivar o nacionalismo.

Israel se desculpa

Após um tuíte do premiê israelense, Benjamin Netanyahu, no sábado 28 dizendo que o muro na fronteira americana para barrar a entrada de mexicanos era “uma ideia formidável”, o gabinete do presidente de Israel, Reuven Rivlin, divulgou um comunicado pedindo “desculpas por qualquer ferida” causada pelo que chamou de “mal-entendido”. Luis Videgaray, ministro das Relações Exteriores mexicano, havia exigido um pedido de desculpas. Na segunda-feira, Netanyahu não se desculpou e afirmou que não estava se referindo ao México, mas ao sucesso de um muro similar construído por ele nas fronteiras israelenses.

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