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Eike delata?; Trump vs. Europa…

Odebrecht homologada A presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, homologou na manhã desta segunda-feira as 77 delações premiadas de executivos da Odebrecht. Na prática, a decisão confere validade jurídica aos depoimentos dos investigados e ao acordo fechado com o Ministério Público. A partir de agora, as informações vão poder ser usadas pelos procuradores […]

PROTESTO: em Londres, manifestantes foram às ruas nesta segunda-feira contra a política imigratória de Trump / Stefan Wermuth/Reuters

PROTESTO: em Londres, manifestantes foram às ruas nesta segunda-feira contra a política imigratória de Trump / Stefan Wermuth/Reuters

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Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2017 às 05h30.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h01.

Odebrecht homologada

A presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, homologou na manhã desta segunda-feira as 77 delações premiadas de executivos da Odebrecht. Na prática, a decisão confere validade jurídica aos depoimentos dos investigados e ao acordo fechado com o Ministério Público. A partir de agora, as informações vão poder ser usadas pelos procuradores para continuar o processo e aprofundar as investigações. Com a morte de Teori Zavascki, ficou a dúvida se a homologação seria feita pela presidente do Supremo ou pelo novo relator do caso, mas, como o Judiciário ainda está em recesso, a ministra resolveu dar logo prosseguimento ao caso. Cármen Lúcia preferiu não tornar público o conteúdo das delações, mesmo com a possibilidade de que isso acontecesse a partir de agora.

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Eike atrás das grades

O empresário Eike Batista foi preso na manhã desta segunda-feira quando desembarcou de um voo vindo de Nova York. Depois de fazer exames no Instituto Médico Legal, Eike foi levado inicialmente ao presídio Ary Franco, na zona norte do Rio, onde teve o cabelo raspado. Em seguida, ele foi conduzido ao presídio Bangu 9, na zona oeste, uma das unidades mais limpas e menos violentas do Rio. A defesa de Eike estava apreensiva que ele ficasse em Ary Franco, conhecido pela superlotação e pelas péssimas condições sanitárias. Os advogados do empresário enviaram na sexta-feira uma petição à Justiça Federal manifestando preocupação com sua integridade física caso seja colocado numa cela comum. Eike ainda não prestou depoimento. Há a expectativa de que o passar dos dias na prisão reforce seu desejo de fechar um acordo de delação premiada.

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Luxottica compra Carol

O grupo italiano Luxottica anunciou a compra da rede brasileira Óticas Carol, num acordo de 110 milhões de euros (117 milhões de dólares). A Óticas Carol opera por meio de franquias e tem 950 lojas, com receita anual de 200 milhões de euros. A rede tem como principais acionistas os fundos de investimento 3i Group, Neuberger Berman e Siguler Guff & Company. A Luxottica assinou no início deste mês um acordo de fusão de 50 bilhões de dólares com a fabricante de lentes Essilor. No Brasil, a Luxottica já está presente com a rede de lojas Sunglass Hut, uma fábrica e negócios no setor atacadista.

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SEB recompra Pueri Domus

O grupo de ensino SEB, da família do empresário Chaim Zaher, recomprou o sistema de ensino Pueri Domus — que havia vendido ao grupo britânico Pearson em 2010. Zaher não revela o valor do negócio, que, segundo ele, abrange 190 escolas, entre parceiras e próprias, com 70.000 alunos. O acordo marca o retorno do Grupo SEB ao negócio de sistema de ensino. Em 2010, além do Pueri Domus, o SEB havia vendido à Pearson os sistemas de ensino COC, Dom Bosco, Name e outros negócios por quase 890 milhões de reais. O retorno do sistema Pueri funcionará sob a gestão da Conexia, novo braço de soluções educacionais da família Zaher, comandada por Thamila Zaher, filha de Chaim.

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Déficit dentro da meta

As contas do governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) fecharam mais um ano no vermelho e encerraram 2016 com um déficit primário de 154,2 bilhões de reais. O resultado foi o pior em toda a série histórica, iniciada em 1997. Mesmo assim ficou uma folga de 16,2 bilhões de reais em relação à meta, que previa um saldo negativo de até 170,5 bilhões de reais. O governo decidiu ampliar a quitação de restos a pagar no fim do ano, mas reservou parte do resultado para compensar o déficit fiscal esperado pelas empresas estatais em 2016. Em dezembro, o resultado primário foi de déficit de 60,12 bilhões de reais, o segundo pior resultado da série para o mês — em dezembro de 2015 o déficit foi de 60,63 bilhões de reais.

Reação a Trump


Diplomatas americanos espalhados por embaixadas de todo o mundo assinaram um memorando contra a política de imigração do presidente Donald Trump, que tem bloqueado a entrada de refugiados nos Estados Unidos e o trânsito de pessoas de sete países, a maioria de religiões islâmicas. Ao todo, as portas se fecham para mais de 200 milhões de pessoas que vêm de Irã, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen. A política tem sido acusada de “islamofóbica”. Líderes do mundo inteiro também se pronunciaram contra a medida, como o prefeito de Londres, Sadiq Khan, os ministros de Relações Exteriores do Reino Unido e da França, o primeiro-ministro da Turquia e a chanceler alemã, Angela Merkel, que afirmou que a política contraria os princípios de apoio internacional a refugiados. Para completar, a procuradora-geral interina dos Estados Unidos criticou a medida de Trump e foi demitida pelo presidente.

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Trump contra a Europa?


Para o negociador do Brexit no Parlamento Europeu, Guy Verhofstadt, o presidente americano, Donald Trump, está trabalhando para acabar com a União Europeia, incentivando o nacionalismo em alguns países. Ele e seu estrategista-chefe, Steve Bannon, estariam estimulando a organização de referendos na Alemanha e na França, países que têm eleições gerais neste ano e nos quais têm avançado os partidos de extrema direita. A fala ocorreu num evento da think-tank Chatham House, em Londres, e Trump foi sinalizado como a terceira ameaça à Europa, juntamente com o presidente russo, Vladimir Putin, e o extremismo islâmico.

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Duterte pisa no freio?


O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, ordenou a dissolução das unidades antidrogas após o assassinato de um empresário sul-coreano. Duterte afirmou estar “desapontado” com o abuso de autoridade dos oficiais de polícia e disse que vai mudar a forma de condução das operações. O empresário Jee Ick-joo foi preso no dia 18 de outubro e posteriormente morto por estrangulamento dentro da sede de operações da Polícia Nacional em Manila. Após a morte de Jee, os policiais tentaram extorquir Choi Kyung-jin, esposa do sul-coreano. Duterte afirmou que o crime foi cometido por policiais desonestos e que vai indenizar a família. O caso adicionou ainda mais críticas à violenta política antidrogas do presidente filipino, que prometeu levar sua política até o fim do mandato de 6 anos. Até agora mais de 2.000 pessoas já foram mortas pela polícia e mais de 5.000 por vigilantes. Duterte assumiu o governo em junho do ano passado.

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Macri anti-imigração


O presidente argentino, Mauricio Macri, assinou um decreto que modifica a legislação migratória da Argentina, impondo mais barreiras à entrada de imigrantes no país. O intuito de Macri é dificultar a entrada de imigrantes com antecedentes criminais ou que venham de países com forte presença do narcotráfico, como Peru, Paraguai, Bolívia e México. A medida e a linguagem utilizada pelo presidente no anúncio foram consideradas semelhantes às do americano Donald Trump. “Nossa prioridade é cuidar dos argentinos, precisamos saber quem é quem entre os que cruzam nossa fronteira”, disse Macri. O decreto define um aumento do investimento na infraestrutura das fronteiras e na renovação da tecnologia na base de cadastro de imigrantes. A medida foi, estranhamente, apoiada por opositores do governo Macri, incluindo kirchneristas e peronistas.

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