Brasil

STF adia pagamento de dívida de Minas Gerais com a União

Ministro Edson Fachin estendeu até 1º de agosto prazos para o pagamento da dívida de R$ 165 bilhões

EDSON FACHIN: a análise do processo começou ontem, quando o ministro relator da operação na Corte, Edson Fachin, se manifestou contrário ao HC / Rosinei Coutinho/SCO/STF

EDSON FACHIN: a análise do processo começou ontem, quando o ministro relator da operação na Corte, Edson Fachin, se manifestou contrário ao HC / Rosinei Coutinho/SCO/STF

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 17 de julho de 2024 às 06h35.

Última atualização em 17 de julho de 2024 às 06h45.

O ministro Edson Fachin, que está na presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu de forma parcial a um pedido feito pelo governo de Minas Gerais e estendeu até 1º de agosto a prorrogação dos prazos para o pagamento da dívida de R$ 165 bilhões com a União.

O prazo para a adesão do estado ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) se encerraria no dia 20 de julho.

O governador do estado, Romeu Zema, pedia que a prorrogação do prazo ocorresse até 28 de agosto – data em que o plenário analisaria a última liminar que concedeu extensão do prazo para Minas Gerais.

Com isso, a decisão do presidente em exercício foi dada até que a questão possa ser examinada pelo relator do caso, ministro Nunes Marques.

Ao deferir o pedido somente até o fim do recesso judiciário, Fachin considerou que negar a prorrogação nesse período pode trazer consequências mais graves do que adiar por alguns dias o prazo fixado pelo relator.

A Advocacia-Geral da União, que representa o governo federal, se posicionou de forma contrária à solicitação, afirmando que a ação se tornou um "salvo conduto para o não pagamento do seu serviço da dívida".

Já a Advocacia do Senado, também em resposta ao Supremo, afirmou que o projeto de renegociação de dívidas de estados, proposta recentemente pelo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) está em "estágio avançado de discussão da matéria pelos poderes Legislativo e Executivo federal, juntamente com os entes federados", e que por isso há uma previsão de votação "na primeira quinzena de agosto de 2024".

O projeto que tramita no Senado foi mencionado pelo governo Zema no pedido feito à Corte. Ainda, a Advocacia do Senado afirmou que o projeto de renegociação está em "estágio avançado de discussão da matéria pelos poderes Legislativo e Executivo federal, juntamente com os entes federados", e que por isso há uma previsão de votação "na primeira quinzena de agosto de 2024".

Acompanhe tudo sobre:Supremo Tribunal Federal (STF)Minas GeraisAdvocacia-Geral da UniãoDívida pública

Mais de Brasil

Baixa umidade causa alerta de 'perigo potencial' em 11 estados, ventanias e chuvas no Nordeste

Governo e Senado pedem ao STF prorrogação de prazo de acordo sobre desoneração da folha

Lula diz que proposta de segurança do governo será elaborada com 27 governadores

Aeroporto de Porto Alegre será reaberto em outubro com 50 voos diários, diz ministro

Mais na Exame