Dirceu participava de corrupção na Petrobras, diz Youssef
O doleiro - alvo central da Operação Lava Jato - apontou que o nome José Dirceu consta no registro de contabilidade de propina com a rubrica "Bob"
Da Redação
Publicado em 12 de fevereiro de 2015 às 15h40.
São Paulo e Curitiba - Alberto Youssef revelou em sua delação premiada que os ex-ministros José Dirceu e Antônio Palocci eram "as ligações" do lobista e operador de propina na Petrobras Julio Gerin Camargo com o PT.
O doleiro - alvo central da Operação Lava Jato - apontou que o nome José Dirceu consta no registro de contabilidade de propina com a rubrica "Bob" - referência ao apelido de um ex-assessor do ex-ministro da Casa Civil.
"Julio Camargo possuía ligações com o Partido dos Trabalhadores, notadamente com José Dirceu e Antonio Palocci", afirmou Youssef.
Segundo o doleiro, o lobista tinha uma pessoa que era responsável pela contabilidade das propinas operadas por ele na Petrobras, em nome de empreiteiras do cartel.
Trata-se de Franco Clemente Pinto. "Franco é homem de confiança de Julio Camargo e o responsável pela contabilidade de pagamentos ilícitos a título de propina e caixa 2", afirmou Youssef.
Segundo o doleiro, Franco armazenava toda movimentação de propina em um "pen drive", acessado com senha.
"Eram utilizadas siglas em tal contabilidade ilícita", explicou o doleiro. "A de José Dirce era 'Bob'."
Youssef diz ter visto várias vezes o registro de contabilidade.
O doleiro afirmou ainda não sabe sobre valores que teriam sido repassados a Dirceu, mas contou que o ex-ministro, depois de deixar o governo Luiz Inácio Lula da Silva, utilizou o jato Citation Excel que pertence ao lobista Julio Camargo.
"Não sabe dizer quantas vezes o avião foi utilizado por José Dirceu e nem a razão do uso. Mas pode afirmar que Julio Camargo e José Dirceu são amigos", registraram os investigadores da Lava Jato no termo de delação 11 do doleiro.
O ex-ministro José Dirceu negou, em nota, as declarações do doleiro Alberto Youssef. O advogado que defende Palocci foi procurado, mas ainda não se manifestou.
Atualizado às 16h40 para incluir posicionamento de José Dirceu.
São Paulo e Curitiba - Alberto Youssef revelou em sua delação premiada que os ex-ministros José Dirceu e Antônio Palocci eram "as ligações" do lobista e operador de propina na Petrobras Julio Gerin Camargo com o PT.
O doleiro - alvo central da Operação Lava Jato - apontou que o nome José Dirceu consta no registro de contabilidade de propina com a rubrica "Bob" - referência ao apelido de um ex-assessor do ex-ministro da Casa Civil.
"Julio Camargo possuía ligações com o Partido dos Trabalhadores, notadamente com José Dirceu e Antonio Palocci", afirmou Youssef.
Segundo o doleiro, o lobista tinha uma pessoa que era responsável pela contabilidade das propinas operadas por ele na Petrobras, em nome de empreiteiras do cartel.
Trata-se de Franco Clemente Pinto. "Franco é homem de confiança de Julio Camargo e o responsável pela contabilidade de pagamentos ilícitos a título de propina e caixa 2", afirmou Youssef.
Segundo o doleiro, Franco armazenava toda movimentação de propina em um "pen drive", acessado com senha.
"Eram utilizadas siglas em tal contabilidade ilícita", explicou o doleiro. "A de José Dirce era 'Bob'."
Youssef diz ter visto várias vezes o registro de contabilidade.
O doleiro afirmou ainda não sabe sobre valores que teriam sido repassados a Dirceu, mas contou que o ex-ministro, depois de deixar o governo Luiz Inácio Lula da Silva, utilizou o jato Citation Excel que pertence ao lobista Julio Camargo.
"Não sabe dizer quantas vezes o avião foi utilizado por José Dirceu e nem a razão do uso. Mas pode afirmar que Julio Camargo e José Dirceu são amigos", registraram os investigadores da Lava Jato no termo de delação 11 do doleiro.
O ex-ministro José Dirceu negou, em nota, as declarações do doleiro Alberto Youssef. O advogado que defende Palocci foi procurado, mas ainda não se manifestou.
Atualizado às 16h40 para incluir posicionamento de José Dirceu.