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Campanha negativa faz quem não tem projetos, diz Dilma

Declarações da presidente demonstram uma alteração na estratégia adotada pelo PT no programa partidário que foi ao ar em rede nacional em maio


	Dilma Rousseff: ela ressaltou que a campanha presidencial deverá exigir "muito de cada um"
 (AFP/Getty Images)

Dilma Rousseff: ela ressaltou que a campanha presidencial deverá exigir "muito de cada um" (AFP/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2014 às 15h35.

São Paulo - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira, 25, que não promoverá uma "campanha negativa" durante a disputa eleitoral deste ano. As declarações da petista foram feitas em discurso proferido na convenção nacional do PSD, realizada em Brasília, e demonstram uma alteração na estratégia adotada pelo PT no programa partidário que foi ao ar em rede nacional em maio. 

Na ocasião, o PT recorreu ao discurso de que era preciso evitar os "fantasmas do passado", em alusão indireta ao PSDB.

"Uma candidatura que tem muito o que mostrar não precisa fazer campanha negativa. Quem precisa fazer campanha negativa é quem não tem projetos, propostas para o país. Quem precisa fazer campanha negativa é quem não tem o que mostrar", afirmou Dilma no encontro em que o PSD formalizou apoio à reeleição da petista.

Dilma também ressaltou que a campanha presidencial deverá exigir "muito de cada um" e que os integrantes da base aliada não poderão aceitar provocações dos adversários.

"A campanha vai exigir principalmente serenidade para que não aceitemos provocações. Provocações que buscam rebaixar nível do debate e acirrar antagonismo", afirmou.

Ela também adotou o mote da necessidade da construção de um ciclo "mais amplo e duradouro".

"Somente quem fez transformações rápidas e profundas pode garantir ciclo mais amplo e duradouro. Provamos que somos os mais capazes para continuar mudando o Brasil para melhor".

No encontro, ocorrido em um auditório da Câmara dos Deputados, o PSD oficializou apoio à campanha presidencial da petista com 108 votos a favor, de um total de 114.

Ao falar diretamente aos integrantes do PSD, Dilma agradeceu o apoio da legenda. "Tenho muitos motivos para alegrar e agradecer o apoio do PSD, uma das mais promissoras novidades da política brasileira".

Ela também tocou na questão da lealdade do partido em apoiá-la.

"Enquanto alguns pregam ódio e confronto, PSD busca ampliar consensos. Kassab é um homem que defende posições. É sério e legal nas suas atitudes. Assumir e cumprir compromissos é algo absolutamente inegociável na atividade política. Lealdade é uma das bases da política feita com grandeza", afirmou Dilma para em seguida emendar: "Engana-se quem defende a tese de que na há compatibilidade entre a lealdade e a política".

Apesar da formalização da aliança com o PT no âmbito nacional, o presidente do PSD, Gilberto Kassab, ainda avalia a possibilidade de compor chapa com o governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), candidato à reeleição.

Outra opção para o partido seria uma candidatura própria ao governo paulista, com o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles.

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