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Deputada ítalo-brasileira apura fuga de Pizzolato

Ex-diretor do Banco do Brasil condenado no julgamento do mensalão, Henrique Pizzolato fugiu para a Itália semanas antes de ter seu pedido de prisão confirmado


	Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil e agora foragido da justiça
 (Wikimedia Commons)

Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil e agora foragido da justiça (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 23 de novembro de 2013 às 09h31.

São Paulo - A deputada ítalo-brasileira Renata Bueno esteve nesta sexta-feira na Argentina em busca de dados sobre a eventual passagem, por aquele país, de Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil, condenado no caso do mensalão e foragido da Justiça do Brasil. "Se existem responsabilidades neste caso, são do governo brasileiro, que não fez o que deveria ter feito para impedir a saída de Pizzolato", disse ela ao Estado.

Pizzolato, segundo algumas fontes, teria saído do Brasil pela fronteira com o Paraguai. Dali teria passado ao território argentino, de onde teria seguido para a Europa - possivelmente para a Itália, país do qual também possui a cidadania.

No entanto, segundo fontes administrativas argentinas, Pizzolato não passa pela Argentina desde novembro de 2009 com seus documentos oficiais brasileiros e italianos.

Entre 2004 e 2009, ele fez seis visitas ao país e em quatro delas entrou com o documento brasileiro. Nas outras duas, com passaporte italiano.

Fontes de áreas diplomáticas locais sustentam que Pizzolato não fez segunda via do passaporte italiano nos últimos tempos em Buenos Aires. O documento original foi apreendido - segundo indica a Polícia Federal brasileira - com o passaporte brasileiro. "Desconfio de que Pizzolato teria usado documentos falsos para sair", afirma a deputada Renata, representante da Unione Sudamericana degli Imigrante (USEI).

Na segunda-feira, ela terá reunião em Roma com o ministro do Interior italiano, Angelino Alfano. Renata Bueno afirmou que a eventual fuga de Pizzolato para a Itália deveria ser rigorosamente investigada. "O passaporte italiano não pode ser uma via para a impunidade", adverte.

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