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Crédito e 'Minha Casa' impulsionaram obras residenciais

O lançamento do programa e o aumento da concessão de crédito foram os principais responsáveis pelo aumento de imóveis

O crédito em geral cresceu 15,2% na passagem de 2008 para 2009 (Stock.xchng/Divulgação)

O crédito em geral cresceu 15,2% na passagem de 2008 para 2009 (Stock.xchng/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2011 às 11h14.

Rio de Janeiro - O crédito imobiliário e os programas de moradias populares impulsionaram as obras residenciais em 2009, segundo a Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC), divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Houve um aumento na participação da construção de edifícios na receita bruta do setor, para 39,5%, embora as obras de infraestrutura, impulsionadas sobretudo pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), tenham correspondido a quase metade do montante total (47%). O lançamento do programa Minha Casa, Minha Vida e o aumento da concessão de crédito foram os principais responsáveis pelo aumento das obras residenciais.

"O crédito imobiliário já vinha crescendo desde o início dos anos 2000. Embora tenha desacelerado um pouco, em 2009 continuou crescendo", explicou Fernando Abritta, responsável pela pesquisa.

Segundo Abritta, o crédito em geral cresceu 15,2% na passagem de 2008 para 2009. Entre as modalidades de crédito imobiliário, a concessão de financiamentos com recursos da poupança subiu de R$ 30 bilhões para R$ 34 bilhões, enquanto os financiamentos com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) passaram de R$ 10,4 bilhões para R$ 16 bilhões. "Junto com os programas de financiamento para moradias populares, isso impulsionou o resultado das edificações residenciais", disse o técnico do IBGE.

As obras residenciais consumiram R$ 28,561 bilhões, ou 17,1% do total de obras e serviços conduzidos por empresas com 30 ou mais pessoas ocupadas. O avanço foi de 2,4 pontos porcentuais em relação à participação verificada em 2008. As edificações industriais, comerciais e não residenciais aumentaram menos sua participação, para 18,4%, mas consumiram um montante significativo, de R$ 30,718 bilhões. Já as obras de infraestrutura consumiram R$ 83,111 bilhões, o correspondente a uma fatia de 49,7% de todas as obras conduzidas por essas empresas.

De acordo com Abritta, os números de desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para obras de infraestrutura também cresceram, com um aumento de mais de 30%.

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