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Dilma é a favorita para ganhar pleito, diz Credit Suisse

"Segundo turno é um cenário quase certo", afirmou vice-presidente da instituição no Brasil durante palestra sobre análise conjuntural


	Dilma: vice-presidente do Credit Suisse no país afirmou que eleição deverá ser apertada para ela
 (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Dilma: vice-presidente do Credit Suisse no país afirmou que eleição deverá ser apertada para ela (Antonio Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 18 de agosto de 2014 às 16h41.

São Paulo - A presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, é a favorita para ganhar o pleito deste ano, na avaliação do banco Credit Suisse.

De acordo com o vice-presidente da instituição no Brasil, Leonardo Fonseca, essa perspectiva se dá, entre outros motivos, pela estabilidade na aprovação boa ou ótima do governo no último trimestre, pelo maior tempo de televisão que a petista terá em relação aos adversários e pelo próprio histórico de reeleições anteriores.

Com base em cruzamento de dados de pesquisas com a conversão dos níveis de aprovação do governo em votos para o candidato, Fonseca afirmou que, em eleições anteriores, presidentes que tinham avaliação do governo "bom" ou "ótimo" de 32% a 100%, como é o caso de Dilma, foram reeleitos.

Segundo ele, historicamente a vitória da oposição só se dá quando esse nível de avaliação varia de zero a 18% dos eleitores.

Quando essa porcentagem está entre 18% e 32%, o histórico sugere um cenário "incerto".

Apesar do favoritismo de Dilma, o vice-presidente do Credit Suisse no Brasil afirmou que a eleição deverá ser apertada para a petista.

"Segundo turno é um cenário quase certo", afirmou durante palestra sobre análise conjuntural no workshop Planejamento Automotivo 2015, em São Paulo.

Isso porque, segundo ele, pelas pesquisas recentes Dilma apresenta menor vantagem nas simulações de 2º turno.

Ele lembrou ainda que o nível "histórico" de entrevistados indecisos ou com intenção de voto branco ou nulo torna o pleito incerto.

Fonseca avaliou que, caso os votos brancos ou nulos declinem, isso favorecerá a oposição.

Ele afirmou também que o histórico de eleições do ex-presidente Lula e de Dilma em 2010 revela que as pesquisas de intenção de voto "superestimam" as intenções de voto no PT em torno de 4% a mais.

"O eleitorado do PT pode anular votos com maior frequência na hora da votação", declarou, destacando que, nos últimos anos, a porcentagem de entrevistados que se identificam com algum partido político vem caindo.

Dando como certa a indicação de Marina Silva como candidata a presidente pelo PSB no lugar de Eduardo Campos, morto em acidente aéreo na última quarta-feira no litoral paulista, o vice-presidente do Credit Suisse afirmou que, apesar de a candidata entrar na disputa sendo mais conhecida do que Campos era, o potencial de crescimento de votos nela é menor do que no ex-governador de Pernambuco.

Na previsão do banco, Marina deverá enfrentar Dilma num segundo turno, mas a petista deverá ser vencedora.

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