Repórter
Publicado em 4 de dezembro de 2025 às 17h04.
O Congresso Nacional derrubou nesta quinta-feira, 4 de dezembro, o veto ao projeto de lei que isenta a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) do pagamento de taxas para registro de pesquisas, tecnologias e produtos. Esse foi o único veto derrubado pelos parlamentares, que mantiveram a maioria dos vetos apresentados pelo governo Lula. A proposta segue agora para promulgação e será convertida em lei.
A medida prevê isenção por prazo indeterminado junto a quatro órgãos federais:
A decisão foi resultado de acordo entre os partidos e contou com apoio de 423 deputados e 70 senadores. Para a rejeição de um veto presidencial, são exigidos os votos de pelo menos 257 deputados e 41 senadores.
Segundo parlamentares favoráveis à medida, a isenção pretende ampliar o acesso da Embrapa a processos de registro e proteção de inovações tecnológicas, sem comprometer sua capacidade orçamentária.
Apesar do único veto do Congresso, a decisão dos parlamentares sobre os demais vetos representou uma vitória para o Planalto, que conseguiu preservar pontos considerados sensíveis na área social e econômica, como as regras do Bolsa Família e o dispositivo que tratava do uso de recursos de multas para financiar a CNH Social.
Outra vitória para o Planalto ocorreu com a manutenção do veto ao Cadastro Nacional de Pedófilos e Predadores Sexuais. O dispositivo previa divulgação pública do nome e do CPF de condenados por crimes sexuais, mas acabou barrado pelo governo federal sob justificativa de conflito com a Lei Geral de Proteção de Dados.
O Congresso também manteve veto ao projeto que alterava regras remuneratórias internas da Câmara por meio da consolidação da VPNI de servidores ativos, inativos e pensionistas — tema tratado como de autonomia administrativa pela Casa, mas cuja reversão não prosperou.
O Congresso também derrubou vetos ao projeto que originou a lei que estabeleceu que parte dos recursos arrecadados com multas de trânsito poderá ser usada para custear a obtenção da carteira de habilitação por pessoas de baixa renda.
Com isso, quatro dispositivos anteriormente vetados serão reintegrados à lei. Entre eles, a exigência de comprovação de resultado negativo em exame toxicológico para a primeira habilitação, independentemente da categoria do veículo.
A mudança representa uma ampliação das condições para acesso ao documento, com exigências adicionais relacionadas à segurança no trânsito.
(Com informações da Agência Câmara e Agência Brasil)