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Confronto marca reintegração de posse em SP

Policiais Militares e moradores sem teto que ocupam um prédio no centro entraram em confronto na manhã de hoje


	Centro de São Paulo: avenidas São João e Ipiranga estão bloqueadas
 (Ana Paula Hirama/ Wikimedia Commons)

Centro de São Paulo: avenidas São João e Ipiranga estão bloqueadas (Ana Paula Hirama/ Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2014 às 09h32.

São Paulo - Policiais Militares e moradores sem teto que ocupam um prédio na Avenida São João, na região central da capital paulista, entraram em confronto no início da manhã de hoje (16), quando foi iniciada a reintegração de posse do edifício de 20 andares.

Para conter os manifestantes, os policiais usaram bombas de efeito moral e balas de borracha.

Uma mulher, integrante do movimento de moradores sem teto, tentou furar o bloqueio dos policiais e, a partir daí, a Tropa de Choque reagiu, reiniciando os disparos de bombas.

As avenidas São João e Ipiranga estão bloqueadas e muitas pessoas que trabalham na região estão tendo dificuldade para chegar aos locais de trabalho.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), a juíza Maria Fernanda Belli, da 25ª Vara Cível do Foro Central, determinou a reintegração de posse do prédio, a pedido da empresa proprietária do imóvel, a Aquarius Hotel Limitada.

A Justiça requisitou o apoio da Polícia Militar na desocupação.

O edifício é ocupado, de acordo com nota da SSP, por 200 pessoas ligadas ao Movimento Sem Teto do Centro (MSTC).

De acordo com a secretaria, a reintegração estava prevista para ocorrer no dia 11 de junho, porém, na ocasião, foi cancelada porque não foram disponibilizados pela empresa proprietária do imóvel os meios necessários para a desocupação (caminhões e carregadores para o transporte dos pertences dos moradores).

A reintegração foi reagendada para o dia 27 de agosto.

Porém, no dia, foi novamente suspensa porque os oficiais de Justiça avaliaram que o número de caminhões e transportadores ainda não era suficiente.

Uma das integrantes do movimento, Shirley Santana, de 35 anos, disse que estava no interior do prédio quando a polícia chegou e atirou bombas pela janela.

“As pessoas resistem porque elas não têm para onde ir”, acrescentou.

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